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Tenho a sensação de que quando um governo recruta um ministro dos Negócios Estrangeiros entre os diplomatas é porque já não o consegue fazer fora desse círculo. Aconteceu com o governo de Santana.
Parece que este modelo vai ser de novo adoptado na recauchutagem em curso. O embaixador Nuno Brito é um diplomata próximo de Barroso. Diz-se até que está na América para promover a candidatura de Barroso a secretário-geral da ONU. Melhor ainda agora será... se puder colocar todo o corpo diplomático ao serviço de uma causa tão nobre.
Acontece que Nuno Brito tem uns anticorpos no Ministério dos Negócios Estrangeiros, um dos quais é difícil de empurrar para debaixo do tapete: foi ele o mordomo da cimeira dos Açores. Isto e muito mais está a concorrer para a estabilidade do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
4 comentários :
Aquele Ministério está pelas horas da morte, "vide" o mais recente concurso de acesso à carreira diplomática:
- Prazos truncados ou curtos demais;
- Palhaçada da repetição de provas;
- Repescagem de candidatos.
Entre muitas outras malfeitorias. Há muito para pegarem.
Depois do milagre de Cavaco, Seguro bloqueou. Se houvesse dignidade, Passos pediria a demissão. Quanto a Portas, já que não tem vergonha na cara, ainda vai ser um putativo ministro de um governo de iniciativa presidencial.
Expliquem, por favor, como é que o suposto representante de todos os portugueses (vulgo, a coisa que lhe chamou Sousa Tavares) exclui do seu "compromisso" vários partidos com representação parlamentar?
Não há nada para explicar, ó vulgo.
O suposto representante de todos os portugueses não é o representante de todos os Partidos, ok?
O compromisso que ele propõe não é de adesão obrigatória, é uma mera sugestão. Se os Partidos excluídos não concordarem podem sempre votar contra o novo Governo, ou ganhar as próximas Legislativas.
Querem mais ainda? Tenham coragem e peguem em armas. Ou tenham vergonha na cara e façam uma auto-crítica à sua "praxis" nos últimos quatro anos.
O que me preocupa é o PS. Como é que o Seguro vai dar avolta por cima? Ou saber retirar-se com dignidade e "fair-play"?
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