segunda-feira, julho 15, 2013

O banco do PSD [1]


A 25 de Novembro de 2011 houve uma reunião decisiva no Ministério das Finanças, onde, para além de Maria Luís Albuquerque, estiveram presentes o vice-governador do Banco de Portugal, Pedro Neves, acompanhado de directores, os três administradores do BPN Norberto Rosa, Rui Pedras e Lourenço Soares, e os gestores do BIC Fernando Teles, Mira Amaral e Jaime Pereira. Não chegaram a acordo para a venda do BPN.

No fim-de-semana de 26 e 27 de Novembro, a Miss Swaps e Passos Coelho encontraram-se e decidiram vender o banco do PSD por 40 milhões de euros. Lourenço Soares, um dos administradores do BPN indicado pela CGD, demitiu-se de imediato: “É verdade que me demiti por discordar completamente dos termos do contrato, que está hoje em vigor, nomeadamente no ponto da obrigatoriedade de reembolsos, por entender que era prejudicial, para não dizer ruinoso, para os interesses do Estado.” Adiantou ainda que “o Estado está obrigado a pagar ao BIC as facturas que este envia e não tem alternativa senão fazê-lo, pois o contrato vincula-o”.

Hoje, o Público dá conta que já começaram a chover facturas no Ministério das Finanças: o grupo luso-angolano, que pagou 40 milhões de euros pelo BPN, já enviou para o Tesouro facturas de cerca de 100 milhões de euros ao abrigo do contrato de execução assinado com a actual ministra das Finanças. Ainda a procissão vai no adro.

2 comentários :

Anónimo disse...

Roubar galinhas e vendê-las ao dono?

Gestão danosa?

Contratos leoninos (nulos)?

Petição para os levar a julgamento era com o Sócrates.

Anónimo disse...

É destes "empreendedores" que fazem falta para a avisar a malta

Zé da Adega