quinta-feira, julho 11, 2013

Uma maioria, uma nave de loucos e um incendiário [3]

Cavaco dedicou imenso tempo da sua comunicação a explicar por que entende que não pode agora convocar eleições. Acontece que, parafraseando o político mais antigo em funções que sustentava que “duas pessoas com a mesma informação e com a mesma boa-fé chegam necessariamente às mesmas conclusões”, tudo aponta no sentido de ser melhor eleições já:
    • Seria preferível ter dois meses e pouco de campanha eleitoral do que 11 meses de festa rija;
    • O Estado português não necessita de mais financiamento externo este ano;
    • O país está agora protegido pelo programa de “assistência”, não se sabendo como será a situação para o ano;
    • Havendo um refrescamento da legitimidade política, qualquer acordo teria mais consistência e uma maior duração.

Parecendo tudo isto óbvio, por que razão Cavaco resiste a convocar eleições? Quererá desgastar ainda mais a liderança do PSD para que o presidente-laranja-que-se-segue assuma funções no próximo congresso (de Março de 2014?) como se não tivesse nada a ver com o passado do partido, apresentando-se de mãos limpas a eleições em Junho?

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