sexta-feira, setembro 13, 2013

Esperteza saloia


• Fernanda Câncio, Esperteza saloia:
    Como é que o principal partido da oposição decidiu reencarar a reabertura parlamentar em setembro? Dizendo: é preciso baixar os impostos, é preciso aliviar os portugueses da austeridade, que temos de crescer. (7 setembro de 2013, Passos Coelho, primeiro-ministro)

    O aumento de impostos que já está previsto no documento que assinámos com a "troika" da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional já é mais do que suficiente. Não é preciso fazer mais aumento de impostos. (maio 2011, Passos Coelho, presidente PSD)

    A ser necessário, só consideraríamos mexer em impostos sobre o consumo e não nos impostos sobre o rendimento das pessoas e nem nas pensões e reformas. (março 2011, Miguel Relvas, secretário-geral PSD)

    Os impostos têm um efeito recessivo sobre a economia. A ideia que se foi gerando em Portugal de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento. (março 2011, Passos Coelho, pres PSD)

    Os impostos só devem aumentar com circunstâncias especiais e só por incompetência o governo pode pedir mais impostos porque não se tem mostrado diligente com o dinheiro dos outros. (outubro 2010, idem)

    A carga fiscal actual, a maior de sempre em Portugal, é inadmissível, um disparate (abril 2011, Diogo Leite Campos, vice-presidente PSD)

    Todos os ordenados até 2.500 euros/mês têm de ser revistos e apoiados. É preciso manter as prestações sociais, reduzir impostos, etc. (...) Para o objectivo de quatro anos, o principal é proteger todas as famílias que ganhem até 2.500 euros. (idem)

    Ao contrário do que se diz, os funcionários públicos não são de mais. Estão é mal aproveitados (ibidem)

    Garanto que não financiaria a redução do défice recorrendo, sobretudo, aos salários dos funcionários públicos. (outubro 2010, Passos Coelho, pres. PSD)

    Não estão em causa despedimentos na função pública. Aliás, nós temos muito respeito pelos funcionários públicos. O PSD é contra toda e qualquer tentação no sentido de eliminar ou atacar a ADSE ou os subsistemas de saúde na função pública. (maio 2011, Eduardo Catroga, nomeado pelo PSD para negociar com a troika e co-autor programa eleitoral PSD)

    Temos 700 mil desempregados, esperamos ao final de quatro anos ter conseguido diminuir em 200 mil o número. (abril 2011, Diogo Leite Campos)

    O PSD não viabializará um orçamento que estrangule a nossa capacidade de crescer e que onere ainda mais os portugueses no pagamento de impostos. Se o PM quiser colocar a questão no tudo ou nada, teremos de dizer que se trata de uma chantagem inaceitável, que não é séria." (outubro 2010, Passos Coelho)

    Como é que nós conseguimos construir o futuro com demagogia desta maneira? Há algum governo que goste de lançar austeridade sobre o seu povo? (setembro 2013, Passos Coelho)

    Que maneira de fazer política! Que tristeza! Como é possível que ainda alguém pense que esta esperteza saloia pode render votos em Portugal?(idem)’

1 comentário :

Anónimo disse...

Palavras para quê? É um artista português!
Quanto ao Diogo, que é feito do homem (?)? Estará ele em meditação transcendental? Ou emigrou, como o mando o chefe?