• José Vítor Malheiros, Patriotas pequeninos com uma patriazinha pequenina na lapela [hoje no Público]:
- ‘2. Não há dia em que os jornais não tragam meia dúzia de histórias que retratam o nível de abjecção das medidas de "austeridade" do Governo. Basta escolher. Anteontem foi o Dia da Paralisia Cerebral, um momento escolhido para informar a população sobre a doença e para reunir doentes e familias em confraternização. Os doentes com paralisia cerebral são apenas um dos grupos sob ataque do Governo. O que lhes acontece? Para Nuno Crato fazer o seu brilharete de cortes na Educação, há cada vez mais crianças com paralisia cerebral que estão sem escola. As escolas não têm pessoas qualificadas nem condições materiais para acolher e ensinar estas crianças, que têm de ficar em casa. Como é de esperar, são as crianças com deficiências mais profundas as mais afectadas. E isto além de o Estado não considerar dignas de ajuda as famílias com um filho com paralisia cerebral onde um casal ganhe 1256 euros. Fraldas, medicamentos, ventiladores, equipamentos especiais? O Governo acha que 1256 euros chega para tudo. Não ouviram? Só há dinheiro para os bancos! Que parte desta frase tão simples é que estas famílias não perceberam?
A Constituição diz que "Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei"? O Governo acha que não.
Quem tem um filho com uma deficiência ou uma doença grave percebe bem o que significa o Estado social: uma solidariedade que mutualiza os riscos, que garante o indispensável a todos, que é boa para todos. Infelizmente, os membros do Governo vivem numa fantasia de omnipotência adolescente, escondidos dentro dos seus carros, embriagados de felicidade por haver gente rica que os trata pelo primeiro nome. E sabem que há bons empregos à sua espera nos escritórios daqueles a quem servem. Que importância têm uns miúdos torcidos numas cadeiras de rodas?’
1 comentário :
O que vai valendo é que paira no desgoverno um partido dito da democracia cristã com prédicas frequentes carregadas de moral e de"humanismo"na defesa e protecção dos mais débeis,os idosos,os deficientes e de um modo geral todos os desvalidos ou desprotegidos.Pena é,que uma coisa tenha sido a verborreia e outra a prática através de um voto mentiroso que manda os humanismos e toda a teoria cristã às malvas,a bem dos superiores interesses pátrios,segundo um tal "irrevogável"afirma em pose estatal e sem se rir.
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