quarta-feira, novembro 06, 2013

O panfleto de Portas

• Valter Lemos, Vender escolas:
    ‘O guião de Paulo Portas, ainda que genérico e com muitas vacuidades, aponta no entanto, no sentido da continuidade deste desmantelamento do Estado. Agora já se pensa em vender escolas, ainda que tentando disfarçar o objetivo, se diga que tal venda será feita a professores. Liberdade de criação de escolas há em muitos estados como o nosso, mas, creio que não há nenhum país do mundo em que o Estado tenha vendido as suas próprias escolas e isso não pode deixar de ser encarado como uma enorme degradação civilizacional.

    O que o guião de Paulo Portas mostra é um embuste. Porque a coberto da ideia de ter “menos estado” o que se propõe é entregar serviços públicos a privados para, pura e simplesmente, assegurar o financiamento público a negócios privados. Não é “menos estado” é um “estado paralelo” governado por privados, mas, pago por todos nós.

    E tudo isto é sustentado numa enorme mentira. A de que gastamos demais nos serviços públicos e não há dinheiro para os pagar. Em primeiro lugar é preciso repetir que não gastamos mais do que os outros países da UE (como a Alemanha, por exemplo) nos serviços públicos e em segundo lugar, o país tem dinheiro para os pagar. O que o país não tem dinheiro para pagar são os juros da divida. Se não tivéssemos que pagar estes juros, o orçamento português era praticamente equilibrado. O que nos diz que o que precisamos de fazer é renegociar as condições de pagamento dos juros da divida, designadamente com o alongamento das maturidades e não destruir completamente a saúde pública, a escola pública, a segurança social, a justiça e outros serviços públicos.’

2 comentários :

Anónimo disse...

Degradação civilizacional Snr. Lemos não é vender escolas a privados, degradação civilizacional é o que o senhor e dRº Rodrigues fizeram à Educação, já para não falar da Benavente. Os senhores destruiram totalmente o que já tinha começado a ser destruido aos poucos. QUando temos uma associação a clamar que é retrocesso civilizacional o regresso do estudo da literatura portuguesa (claro está não incluindo nos programas só Saramago como o senhor e a douta doutora feizeram) mostra que a agenda escondida, ou melhor a agenda ideológica do último governo ia para além da destruição da sociedade nos seus valores e principios, a agenda era destruir a educação e a função do professor como autoridade dentro da escola. Isso sim é um retrocesso civilizacional que os senhores levaram a cabo.

Rosa disse...



Nunca pensei ler disparates tão grandes como os que escreveu o anónimo de 06, 02:26:00...Um ministro como este é um perfeito pesadelo em qualquer governo...e, então, neste, onde já temos uma galeria de notáveis...incompetentes...