Os dados hoje divulgados do INE sobre a inflação mostram que o país corre o risco de cair numa situação de deflação (com a retracção do consumo e do investimento), o que, a acontecer, agravará a dinâmica do rácio dívida/PIB.
Com as pressões que se verificam para a descida dos preços, é preciso, para poder manter a trajectória da dívida, que ocorra um crescimento real mais alto ou um excedente primário maior.
Ora, a componente que mais tem determinado a evolução do rácio da dívida é a diferença entre a taxa de juro e PIB nominal, como se pode observar no quadro seguinte que consta do Relatório do Orçamento do Estado para 2014 (p. 36):
Com efeito, após a adopção do programa de “ajustamento”, é imputável ao défice primário apenas 4 pontos percentuais (pp) dos 19.6 pp de aumento da dívida. O chamado “efeito bola de neve” é responsável por 17.5 pp do crescimento da dívida.
O “efeito bola de neve” compara a evolução da taxa de juro com a taxa de crescimento nominal do PIB. Se a taxa de juro cresce acima da taxa de crescimento nominal do PIB, a dívida pode tornar-se insustentável. Assim sendo, se a taxa de crescimento nominal do PIB baixa por força da deflação, a dinâmica da dívida piora automaticamente.
Pode Paulo Portas transformar a política num teatro de revista, mas a Miss Swaps sabe que está metida num sarilho dos diabos.
Com as pressões que se verificam para a descida dos preços, é preciso, para poder manter a trajectória da dívida, que ocorra um crescimento real mais alto ou um excedente primário maior.
Ora, a componente que mais tem determinado a evolução do rácio da dívida é a diferença entre a taxa de juro e PIB nominal, como se pode observar no quadro seguinte que consta do Relatório do Orçamento do Estado para 2014 (p. 36):
Com efeito, após a adopção do programa de “ajustamento”, é imputável ao défice primário apenas 4 pontos percentuais (pp) dos 19.6 pp de aumento da dívida. O chamado “efeito bola de neve” é responsável por 17.5 pp do crescimento da dívida.
O “efeito bola de neve” compara a evolução da taxa de juro com a taxa de crescimento nominal do PIB. Se a taxa de juro cresce acima da taxa de crescimento nominal do PIB, a dívida pode tornar-se insustentável. Assim sendo, se a taxa de crescimento nominal do PIB baixa por força da deflação, a dinâmica da dívida piora automaticamente.
Pode Paulo Portas transformar a política num teatro de revista, mas a Miss Swaps sabe que está metida num sarilho dos diabos.
1 comentário :
Marilu Albuqueca, quem é, meu?
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