quarta-feira, janeiro 22, 2014

A política de baixos salários, o pilar único de competitividade

• Manuel Caldeira Cabral, Desinvestimento na ciência: uma prioridade do actual Governo:
    ‘Esta decisão define claramente uma linha estratégica de desenvolvimento. Uma linha em que em vez de se apontar para um reforço da competitividade pelo reforço da capacidade de inovação do país, se despreza este factor chave para a evolução da produtividade, deixando o país entregue à triste alternativa de ser competitivo apenas com base no controlo dos custos salariais.

    Esta opção é assim consistente com a política de baixos salários, já não como um dos pilares, mas como o pilar único de competitividade do país.

    A opção pela redução do investimento em ciência a níveis muito superiores aos da redução geral da despesa é também uma opção ideológica. Parte da ideia de que o Estado não tem nenhum papel a desempenhar no desenvolvimento económico, assente numa visão de que o crescimento é apenas feito pelas empresas.

    Esta não tem sido a visão da generalidade dos países da União Europeia, nem a dos Estado Unidos, onde os apoios públicos à investigação são até superiores aos europeus, nem tão pouco a dos países que apresentaram maiores saltos de desenvolvimento, como a Coreia, Taiwan ou a Malásia. Nestes países considera-se que o Estado, pelo reforço das qualificações e apoio à ciência e inovação, teve um papel determinante para o crescimento.’

1 comentário :

lidiasantos almeida sousa disse...

Este valverde cabral não é aquele que cobardemente fazia na televisão marcação cerrada ao Governo de Sócrates?. Agora como ele e outros como tal ajudaram a ir ao pote, se tivesse vergonha nem falava- Alguém lhe pode dizer em meu nome que ele não passa duma cavalgadura ainda por cima baixinho e feinho. Se eu soubesse o mail dele mandava-lhe um desenho