Ao fazer aqui alusão à frouxa votação em Passos Coelho na sua reeleição para a presidência do partido laranja, parecia estar-se perante um caso típico de "maioria silenciosa": uma activíssima minoria funcionava como guarda pretoriana dos estarolas de São Caetano enquanto a maioria dos militantes, discordando embora do curso da governação, não reagia.
Afinal, a situação interna no PSD está bem mais degradada. Há um abandono massivo de militantes, particularmente visível na outrora pujante Distrital de Lisboa, que se debate numa profunda agonia. Nem os militantes falsos salvam a coisa. Veja-se o que diz o Público:
- ‘A debandada na estrutura partidária do principal partido que suporta o Governo é avassaladora. Em Lisboa, nas directas realizadas a 25 de Janeiro, Passos Coelho conseguiu apenas 438 votos de militantes. No total, votaram apenas 645 sociais-democratas de um universo de 3164 militantes em condições de votar.
Esta última votação interna revelou também o nível a que chegou o distanciamento entre o PSD e a capital. Segundo dados recolhidos pelo PÚBLICO, o PSD tinha em Janeiro de 2014 cerca de 5650 militantes inscritos em Lisboa, com apenas 3164 activos, ou seja, em condições de participar nas últimas eleições directas.’
Votaram em Passos 438 militantes no distrito de Lisboa. Significa isto que nem os boys dos gabinetes ministeriais, das câmaras laranjas e das respectivas empresas municipais se revelaram motivados para dar corda aos sapatos e ir depositar o voto em Passos Coelho. É o prenúncio de fim de ciclo.
1 comentário :
O laranjal de Lisboa está em fanicos. Se em Passos votaram 438 dos 5.650 inscritos, teve uma percentagem abaixo de 8%... Ridículo.
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