Mark Blyth é um dos subscritores |
O manifesto Preparar a Reestruturação da Dívida para Crescer Sustentadamente, assinado por 74 personalidades, recebeu um apoio de vulto: 74 economistas estrangeiros, muitos dos quais com cargos de relevo em instituições internacionais, editores de revistas científicas de economia e autores de livros e ensaios de referência na área, publicam um texto a defender a reestruturação da dívida pública portuguesa.
Eis o documento dos 74 economistas estrangeiros, aqui elencados:
«Reestruturar a dívida insustentável
e promover o crescimento,
recusando a austeridade
e promover o crescimento,
recusando a austeridade
O programa do FMI e da União Europeia para Portugal (2011-4) deve terminar a 17 de Maio de 2014. Nas próximas semanas será tomada a decisão de aceitação de um programa precaucionário continuando as mesmas políticas ou de submissão à vontade dos mercados. Em qualquer dos casos, a regra da austeridade continuaria num país em que o nível de desemprego já duplicou para cerca de 20%, como resultado da estratégia escolhida.
Para mais, apesar de fortes reduções do orçamento de Estado, o rácio da dívida no PIB subiu para 129%. Nos dois anos anteriores a 2008, a dívida pública tinha aumentado 0,7%; nos dois anos seguintes, cresceu 15%. Os resultados são claros: a austeridade orçamental reduziu a procura agregada, agravou a recessão, aumentou o nível da dívida pública e impôs sofrimento social à medida que as pensões e salários foram reduzidos, os impostos foram aumentados e a protecção social foi degradada.
Como economistas de diversas opiniões, temos expressado as nossas preocupações quanto aos efeitos da estratégia de austeridade na Europa. Recomendámos fortemente a rejeição das ideias da “recessão curativa” e da “austeridade expansionista” e os programas impostos a vários países. Criticámos as decisões do BCE durante a recessão prolongada e a recuperação medíocre. Os resultados confirmam a razão da nossa crítica. É tempo de mudar o curso desta política.
Assim, apelamos a uma política europeia consistente contra a recessão. Apoiamos os esforços dos que em Portugal propõem a reestruturação da dívida pública global, no sentido de se obterem menores taxas de juro e prazos mais amplos, de modo que o esforço de pagamento seja compatível com uma estratégia de crescimento, de investimento e de criação de emprego.»
7 comentários :
essa gente estrangeira...
Agora é que "essa gente" do pensamento único,se vai borrar toda de cima abaixo!Então o costa do económico,vai ter uma diarreia tal,que todas as lavandarias de Lisboa,vão ser insuficientes para manter o sujeito minimamente arejado.Quanto à corja que gravita nos rebordos da manjedoura oficial,não há problema:antes,já eram gente de pouco asseio!(...)
Bom os economistas de vulto devem ser tão de vulto que ainda não ouve uma televisão ou rádio que conseguisse citar o nome de um vulto.
Espera-se alegremente e sentaditos pela divulgação da lista dos economistas de vulto.
Já agora, o que tem a dizer o MA e os seus seguidores às declarações de Oscar Gaspar de que se o PS fôr para o governo nada voltará a ser como em 2011, nem salários nem pensões. O que dizer disto?
O manifesto deve ter tanta importância e tanta gente de vulto que o nem o Expresso refere uma linha do dito cujo.
eheheheh
O Espesso deve já estar pacientemente à espera que o ilustre pateta do João Vieirinha Pereirinha descubra as "nove falácias" desta "gente estrangeira".
E quem está preocupadio com vultos, é ler em www.conversa2.blogspot.com a Helena Araújo, que traduziu gratuitamente (e sem juros) a opinião abalizada de um gajo alemão, irresponsável e imaturo, que vai no mesmíssimo sentido desta gentinha. Tem mais de 90 anos (um garoto convencido...) e chama-se Helmut Schmidt.
Mas a Maria Teixeira Alves e demais Pintelhos aqui do bidé já não devem saber quem ele é.
Não percebo corno de economia e economistas, mas HOUVE (coisa diferente de OUVE, como escrevia lá atrás alguém muito esclarecido e preocupado com a notoriedade dos economistas que assinam o manifesto) um nome que me chamou a atenção, o que fez com que sentisse alguma estranheza
ao ler aquele senhor que não sabe distinguir o verbo haver do verbo ouvir jurar que não havia ninguém que valesse a pena no meio daqueles 74 estrangeiros. Fui ver o nome que me chamou a atenção e o que saiu foi isto - http://en.wikipedia.org/wiki/James_K._Galbraith
Mas deve haver (ouvir, como diria o outro senhor) lá mais.
Pois. Mas o Vítor Bento acha que essa gentinha toda não sabe nada, não estuda, fala de cor...
Enfim, como é careca, percebe-se que não sinta a falta de espelhos em casa...
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