Vítor Constâncio contradisse o que Barroso declarou ao Expresso, sustentando que nunca foi convocado por Durão Barroso entre 2002 e 2004 para falar especificamente sobre o BPN. Com efeito, Constâncio assegura que apenas falou com Barroso uma vez sobre o BPN (e não três vezes, como diz Barroso) e que se tratou de «uma conversa geral»: «Depois de tantos anos, não recordo qualquer convocação exclusivamente sobre o BPN. Recordo apenas uma conversa geral em que se falou de preocupações com o BPN, mas nada de muito concreto».
Das declarações de Vítor Constâncio em Atenas, à margem da reunião do Ecofin, importa reter: «Sobre esta questão, o ponto mais importante é de que nunca recebi qualquer informação sobre possíveis irregularidades concretas no BPN». Mais: «Apenas em 2008, (…) uma carta anónima revelando conhecimento interno do BPN permitiu iniciar a investigação que conduziu pouco depois à confissão pela então recente gestão de que existiam duas contabilidades, sendo uma secreta para esconder irregularidades e perdas».
De resto, Vítor Constâncio recorda ainda: «Nada sobre o BPN foi, porém, ignorado. Fomos sempre muito activos em investigar qualquer preocupação com o BPN, que foi o banco do sistema mais vezes inspeccionado pelos serviços do Banco de Portugal, conduzindo a aumentos de capital acima do mínimo regulamentar, mais provisões e também a impedir a abertura do capital em Bolsa».
5 comentários :
Quem acham que mentiu? Eu não tenho dúvidas que foi o cherne. Não foi ele que nos informou que o Iraque tinha armas de destruição maciça porque o Bush lhe tinha mostrado as provas? Não é ele que faz parte e já foi líder do partido que mais tem mentido e roubado os portugueses? Não foi ele que abandonou o país nas mãos de um pobre "menino guerreiro", para se instalar na cadeira de topo da Comissão Europeia? Para mim é BARROSO o mentiroso.
Tenha ou não havido conversas sobre o BPN são ambos responsáveis e coniventes.
E queria a mulher compará-lo ao cherne!
Cherne?!
Quando muito, taínha e da do rio.
principais interessados nesta história toda:
- Durão, para limpar a imagem do PSD demasiado "austera" para os portugueses e ter um brilharete nas europeias, e limpar a sua imagem para futuro presidente
- Carlos Costa que tem de garantir a sua recondução como governador para o ano que vem, e que é perito em jogos de bastidores:
http://213.13.186.1/clippingfileant/imprensa2/tif_targ_color/2010/07/30980030.pdf
Durão Babboso é um pulha de alto calibre, disso já ninguém tem dúvidas.
Vítor Constâncio é apenas mais um "anjinho" do PS, que pode até não ter culpas nenhumas neste caso, mas que não consegue perceber o ESSENCIAL: em assuntos deste melindre e desta DIMENSÃO, não basta à "mulher de César" ser séria!
E a verdade é que dele nunca se ouviu uma palavra ou viou um gesto, no mínimo, de ALERTA LARANJA sobre a tormenta COLOSSAL que se podia estar a acastelar nos meandros da alta finança portuguesa!
HOUVE NOTÍCIAS NOS JORNAIS desde 2003 sobre estas maganices - e não acredito que um alto funcionário do Estado precise dos jornais para andar bem informado sobre estas matérias!
Agora, por mais inocência que proclame e mais apoio idóneo que congregue, Vítor Constâncio NUNCA SE IRÁ LIVRAR, entre a massa votante mais embrutecida, da marca extremamente negativa que representa o estrondoso falhanço da regulação do BdP no descalabro da roubalheira bancária (BPN, BPP e SLN, mas também o BCP, Banif, etc.!), que conduziu ao mais do que (des)conhecido ROMBO DESCOMUNAL no erário público, que em tempos normais já seria grave e mais intolerável ainda se torna na calamidade que vivemos!
Que se perceba, de uma vez por todas, que os cargos mais elevados do topo da Administração pública - pagos a peso de platina! - não podem ser ocupados por qualquer um, mesmo que seja um "técnico qualificado e competente" (muito menos um dandalho, como agora acontece, mesmo tendo sido escolhido no tempo de José Sócrates!...)!
Esses cargos, Gov. do BdP, Pre. do Tr. de Contas, Constitucional, Supremo, Assembleia da Rep. e, por maioria de razão, o Pr. da República, TÊM DE SER OCUPADOS POR ESTADISTAS.
Sem essa dimensão, ao mais alto nível, qualquer "técnico qualificado e competente" fará o MESMO papel que um taxista. E, por outro lado, perde-se um bom chefe de divisão, ou diretor de serviços. Tudo prejuízo para o Estado, no fundo...
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