• Daniel Oliveira, AGARRA QUE É POLÍCIA! [hoje no Expresso]:
- «A entrevista de Durão Barroso ao Expresso provocou ondas de reações. E não foi por causa da bandalheira institucional que se revela quando o presidente da Comissão Europeia manda bitates sobre a política interna de um Estado da União. Também não foi por qualquer balanço que tenha feito do seu mandato. Ninguém quer saber das suas responsabilidades pela década mais trágica para o projeto europeu. Barroso só não ficará na história como o coveiro da Europa porque a história não se lembrará dele. E ao ler esta entrevista percebe-se porquê. Barroso regressa à política nacional pela porta dos fundos. Sem dimensão europeia, densidade intelectual e dignidade política. (…)
O que realmente agitou a política nacional foi a adesão de Barroso ao exército nacional de políticos que sabiam de tudo o que se passava no BPN e avisaram Vítor Constâncio. Estou só à espera que Cavaco Silva se junte ao clube. A verdade é que passaram dez anos e Barroso só se lembrou agora, quando prepara o regresso à política nacional, de dividir estes factos com os portugueses. Quais factos? Não faço ideia, porque não os explicou. (…)
Mas começa a cansar ver quase toda a gente a desviar os olhos da evidência: o BPN sempre foi, mesmo antes do escândalo rebentar, um caso de polícia e de política. Porque sempre foi o banco construído à sombra das influências políticas dos cavaquistas. Quase todos os que estiveram próximos do atual Presidente da República, a começar por Dias Loureiro, que contou com a sua lealdade até ao último minuto, foram lá molhar o bico. O próprio Presidente comprou e vendeu ações fora do mercado bolsista, ao preço determinado por Oliveira Costa, recolhendo assim, sem qualquer esforço, um lucro incompatível com a situação do banco. (…)»
1 comentário :
Já cansa ler do. E muito para quem o tenha lido e ouvido desde a sua presença e despresença no be mas, sempre presente nos media a atazanar a inteligência de quem o percebe bem.
Com rabaça e be ajudou o povão a incorporar a ideia de que "correr com Sócrates era o primeiro passo para a resolução dos problemas do país". Correste, finalmente, tu e muitos outros senhores como tu a quem foi aberto de par em par os microfones e papel de jornais pelos vossos patrões, e obtivestes a grande victória das vossa vidas.
E onde chegastes? Onde está, com quem está do neste momento? Bem, agora depois da grande victória sobre Sócrates origem do mal, de todo o mal do mundo, do está, nem mais nem menos que na companhia do patrão da cip, Adriano Moreira, Bagão Félix, MFLeite e outros de igual esquerdismo.
Vêz, meu esquerdista esquizofrénico, sempre crente defensor num futuro imaginado-adivinhado que tenta vender no presente aos pouco capazes de distinguir entre aparência e real, entre opinião e verdade.
Quando aprendes com Platão e Aristóteles, dos maiores sábios que a humanidade já produziu, que na moderação e meio termo é que está a virtude. Que o ser humano, como ser existente sujeito aos desejos e necessidades inexoráveis, só pode viver no centro, ou seja, hoje, entre passado e futuro e jamais apenas no passado e muito menos no futuro.
Tal como a direita reacionária tenta resolver todo e qualquer problema actual regressando a medidas do passado antigo a esquerda "revolucionária" quer resolver os mesmos problemas com medidas imaginadas e só possíveis de aplicar num mundo futuro, também ele, apenas imaginário.
Ambos os lados muito fora do meio termo se equivalem, precisamente porque, como diz Aristóteles, são ambos extremos relativamente ao centro. E por isso, quando se deparam numa situação de impasse, juntam-se e chegam à mesma conclusão.
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