quinta-feira, abril 03, 2014

Precisamos de confronto de ideias,
dispensamos a demagogia e a propaganda

• Francisco Assis, Precisamos de confronto de ideias, dispensamos a demagogia e a propaganda:
    «(…) o candidato que encabeça a coligação da direita nas eleições para o Parlamento Europeu, conhecido pelo seu fervor federalista, cometeu uma derrapagem desta natureza. Confesso a minha absoluta estupefacção. Ao solicitar ao líder do PS que estabelecesse uma preferência entre um inexistente candidato português e um concreto candidato alemão à presidência da Comissão, Paulo Rangel cometeu um erro duplamente grave: ofendeu os princípios fundadores do projecto europeu e consagrou uma tese que só pode prejudicar os países de média dimensão, como é o caso de Portugal. Uma campanha eleitoral não pode ser confundida com a silly season e nenhum nervosismo político autoriza o relaxamento das convicções. Vivemos um tempo em que o principal perigo em que a Europa incorre é o da subordinação das clivagens ideológico-políticas que a percorrem a supostas linhas de fractura histórico-geográficas que a organizariam estrutural e perenemente. A vingar esta última perspectiva o projecto europeu estaria condenado ao descalabro. Não é difícil percebermos porquê. Uma linha divisória dessa natureza pressuporia um confronto de carácter quase antropológico assente em oposições que relevariam menos do político e resultariam mais de outras dimensões de tipo religioso, étnico, ou, numa formulação extrema, mesmo racial. Daí que seja absolutamente imprescindível proceder à valorização do combate entre perspectivas doutrinárias e políticas de âmbito europeu inscritas na matriz moderna e contemporânea do debate de ideias. Isso não é sequer muito difícil, tendo em conta a forma como já se verifica o agrupamento dos deputados em função da pertença a famílias políticas distintas no hemiciclo de Estrasburgo.»

6 comentários :

Ricardo Pinto disse...

Tinha acabado de ler o artigo no Público quando cheguei ao Corporações. Muito bom. Infelizmente acho que a esmagadora maioria dos portugueses não tem capacidade para entender a argumentação e as ideias expostas por Assis. Há que encontrar quem, dentro da lista, "traduza" estas ideias para consumo das massas.
Confesso que tenho andado indeciso quanto às europeias porque acho que o Seguro é muito pobre para o que o país precisa. Mas hoje o Assis marcou pontos.
O Rangel, de quem eu esperava pelo menos alguma elevação no debate, é uma miséria e já está com um discurso quase tão reles como o do brutamontes do Nuno Melo.

Rosa disse...



Concordo plenamente com o que diz Ricardo Pinto.

Anónimo disse...

Perfeitamente de acordo com o Ricardo Pinto.

Anónimo disse...

Este anormal só podia pertencer ao psd. É esta gentinha que quer representar Portugal lá fora. Este merdoso é um tretas, que não serve para nada e mais nem para lesar pelo interesse do País. Triste Portugal, só tem merda na politica, começando no Portinhas, mete nojo, passitos coelho que inutil, a miss swap dá vómitos só de ver, quanto mais ler uma frase do que ela disse. Tivemos o atrasado mental do gasparzinho que nós desgraçou com estes roubos do imi, do irs e por aí adiante é premiado com um cargo para os chulos do FMI com 23.000€ por mês. Alguma coisa está mal. Nós portugueses, os que trabalham, quase que passam fome para cumprir com as obrigações como as despesas mensais e para pagar ao estado. E vemos que nos desgoverna a ter uma vida de lorpa, de luxo mesmo. Mas será que não abrimos os olhos. Vocês acham que o segurito vai mudar algo, não me parece, ps, psd e cds vão arruinar Portugal. Temos de arrumar a casa, isso sim denunciar a corrupção e quem é corrupto ficar logo posto de parte. Já chega de tráfico de influências, o cancro dos jotinhas, a porcaria da maçonaria.

Portugueses abram a pestana e temos de ser mais exigente quem quer governar Portugal. Não é meter um pulha qualquer a tomar conta do nosso destino nem dos nós filhos. Senão também metemos uma puta a tomar conta do País e a dita cuja se calhar até governava melhor que estes 2 bandalhos o portinhas e o coelho.


Temos de abater coelhos para a Pascoa. Mas já ontem era tarde.

Fernando

Anónimo disse...

Assis pode dizer o que quiser.

O histórico que lhe é conhecido e reconhecido de defensor de blocos centrais não o recomenda enquanto contendor de ideias com Rangel.

Pode ter razão agora, mas é meramente conjuntural, digam os Ricardos Pintos o que disserem acerca da capacidade de entendimento dos portugueses. Espera-se é que tenham mais que memória de peixe e se lembrem do que Assis tem dito e feito estes anos todos e não apenas agora que há eleições.

Aliás, a escolha de um alemão do SPD aliado de Angela Merkel, para ir a votos diz bastante sobre a camisa de forças em que os socialistas europeus se enfiaram guiados pelos assises e hollandes de turnos.

Anónimo disse...

Texto puramente politico-filosófico. Demagogia da melhor (até mesmo para quem percebe o que está escrito).

Não deixa de ser interessante relembrar o que este Senhor disse em Dezembro: “um dos perigos que podem surgir é o do avanço das opções extremistas em detrimento de atitudes moderadas e propensas ao diálogo e a alguma forma de consenso.”

Assim vai a politica nacional... em assalto ao pote europeu!