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| INE, 25 de abril: 40 anos de estatísticas |
A segunda metade da década de 70 e os anos 80 marcam, também, os maiores desfasamentos entre as taxas de crescimento nominal e real do consumo público, indicando um período de crescimento mais elevado dos preços implícitos naquela componente da despesa agregada. Embora de forma não muito acentuada, os dados relativos às últimas três décadas sugerem uma tendência descendente do crescimento real do consumo público que tem acompanhado razoavelmente o crescimento real do PIB, com algumas excepções pontuais. Os anos de 1974, 1975 e 1976 são as excepções mais claras a esta evolução conjunta, com o consumo público a crescer, em termos reais, substancialmente mais que o produto. Em sentido oposto, e revelando uma tendência sustentada, para o conjunto dos anos 2010 a 2013 a taxa de crescimento real do consumo público situou-se em média 1,8 p.p. abaixo do crescimento real do PIB, com especial destaque para o ano de 2011, em que essa diferença foi de -3,7 p.p..
3 comentários :
Temos que agradecer ao CC toda esta informação que reuniu e partilhou connosco sobre estes 40 anos de vida em Democracia.Bem hajam.
Também eu agradeço ao CC a publicação destes quadros. Evidenciam prodigiosas conquistas da nossa democracia, que se revelou uma das mais avançadas do mundo. Grande parte das aspirações de uma sociedade socialista foram implementadas no nosso País. Destaco os avanços na diminuição da Mortalidade Infantil, na Esperança de Vida, na Educação, nos Partos Assistidos, no progresso em Infraestruturas Básicas. Devemos ser justos e atribuir grandes méritos ao nosso Poder Local autárquico, responsável por muito do melhor que Abril criou. Os quadros aqui publicados não deixam dúvidas.
Infelizmente, o novo ciclo deste processo vertiginoso (em apenas 40 anos!) iniciado pelos anteriores governos de José Sócrates, focado na modernização da nossa economia, concitou contra ele e contra a própria democracia os grupos poderosos reacionários do costume através de uma massiva campanha de mentiras, com a colaboração de uma imprensa vendida e de muitos jornalistas sem vergonha na cara, que se odeiam uns aos outros, e a colaboração despudorosa do PCP, que o 25 de Abril apanhou aos 53 anos de idade com as calças na mão - trauma que o persegue -, tudo se passou à sua revelia e não consta a sua intervenção em nenhum relato, em nenhum facto, a não ser na fase posterior com uma prática centralista e golpista. Factos são factos. A História não perdoa. O povo veio para a rua por livre e espontânea vontade. Toda a sua prática parlamentar carateriza-se por obstaculizar avanços e progresso da nossa democracia, como ficou demonstrado na aliança reacionária que fizeram com os bandos de direita que hoje estão no poder. Foi um golpe! É certo que muitos dos seus militantes sofreram cruéis repressões na ditadura, mas não é menos verdade que o PCP se tornou num caso sério de reacionarismo aos avanços na nossa democracia, tornando-se uma força política de bloqueio, precioso aliado dos setores mais obscurantistas da nossa sociedade. Ontem mesmo não passou despercebido que o PCP se demarcou das manifestações nas ruas e nas praças de Portugal, onde milhares dos seus simpatizantes marcaram presença. O PCP precisa, sim, ser desmascarado. De ser responsabilizado por muitas e dolorosas derrotas dos trabalhadores e povo português. Pessoalmente, nunca lhe perdoarei o seu comportamento na anterior legislatura, com maioria de esquerda, um governo claramente progressista, ao aliar-se aos objetivos de bandos de salteadores do poder, com os resultados aí à vista. E que o PCP conhecia de antemão. É altura de os militantes e simpatizantes do PCP lhes pedirem contas. De lhe exigirem que se comprometa pela felicidade do povo de hoje e de àmanhã. E isso não tem acontecido. E não foi a primeira vez.
Viva o 25 de Abril! Sempre!
Excelente comentário de Fernando Romano...com o qual concordo inteiramente.
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