terça-feira, maio 13, 2014

«Estas eleições são muito importantes porque vai a votos a austeridade expansionista»


Pedro Silva Pereira em entrevista à Antena 1 e ao Diário Económico: pode ser ouvida aqui ou podem ser lidas passagens aqui, aqui, aqui e aqui.

Eis um extracto:
    Antena 1 — A questão é: este programa de assistência económica e financeira que o PS assinou é ou não o mesmo que... ou a sua aplicação prática é ou não é a mesma que ficou definida no início?
    Pedro Silva Pereira — Não, é completamente diferente. O programa que foi executado tem pouco que ver, em aspectos essenciais, com o programa que foi negociado pelo Partido Socialista. Em 12 revisões do memorando inicial, foram introduzidas inúmeras alterações, mas alterações substantivas. Do que estamos a falar é do seguinte: o programa de assistência financeira teve uma execução com o dobro da austeridade que estava prevista no plano inicial. Começou, aliás, logo no ano de 2011. O programa de assistência para o ano de 2011 dizia que não eram necessárias medidas adicionais. E o Governo quando chegou, na primeira ida ao parlamento, anunciou logo um corte do 13.º mês em 50%, como uma medida fiscal que não estava prevista no memorando inicial. E depois vieram todas as outras medidas que são, no fundo, todas aquelas de que as pessoas se queixam. Do que é que as pessoas se queixam? De lhes tirarem o 13.º e o 14.º meses, que não estavam previstas no memorando inicial; do IVA da restauração ter subido para a taxa máxima, que não estava no memorando inicial; de ter havido um «enorme aumento de impostos» de 30% do IRS, que não estava no memorando inicial. Estas medidas não estavam no memorando inicial. Foram o dobro da austeridade. O dobro da austeridade provocou o dobro da recessão no ano de 2012 (...).

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