segunda-feira, maio 05, 2014

Leituras

• António Correia de Campos, “O caminho da liberdade”:
    «(…) Mas não é de Portas que interessa falar, ele tornou-se apenas a “voz” que anima as hostes da coligação, como nos comícios existe sempre uma voz homérica que introduz os oradores. É de Maria Luís e do seu programa orçamental para 2015 que devemos falar. Ontem, uma submissa seguidora de Gaspar e logo inimiga figadal do “irrevogável”, hoje uma companheira de caminho que não poupa noites para que Portas possa sossegar os portugueses e permitir a estes noites tranquilas. (…)»

• Ferreira Fernandes, Análise semântica da saída limpa:
    «(…) Saída limpa? Ok. Se o primeiro-ministro o diz: "Depois de uma profunda ponderação de todos os prós e contras, concluímos que esta é a escolha certa na altura certa", Ok. Embora, depois de tanta ponderação e medições, se aceito a "escolha certa" - foi aquela, limpa, mas, como já disse, se fosse a cautelar também aceitava -, se entendo a escolha, faz-me espécie a "altura certa". Havia alternativa ao tempo de saída? Podíamos sair noutra altura? Há um mês? Daqui a um ano e 23 dias? E os nossos parceiros europeus - que, segundo o nosso primeiro-ministro, apoiariam a nossa escolha "de forma inequívoca fosse qual fosse a opção que viéssemos a tomar" - se disséssemos "eh, pá, afinal a malta não sai!", também seriam apoiantes e inequívocos? Desculpem-me a agarrar-me a deslizes de linguagem mas conversa é a única coisa palpável nesta história. Sobre estados de alma, como finanças, não perco tempo.»

1 comentário :

james disse...

Por maior esforço que faça não gosto nada das ironias de Correia de Campos.