• Pedro Nuno Santos, É preciso fazer escolhas:
- «Se o Partido Socialista pretende ganhar a credibilidade e a confiança do povo português tem de ter, por um lado, uma prática compatível com o discurso e, por outro, um programa claro e coerente. Não se pode pedir às pessoas que acreditem no nosso combate às desigualdades e ao empobrecimento quando o único acordo que firmámos com o governo PSD/CDS nos últimos três anos foi para reduzir o imposto sobre os rendimentos de capital. Num contexto de pesada austeridade, de cortes nos salários e nas pensões e de aumentos de IRS fortemente penalizadores para a classe média, não podíamos ter permitido que o único acordo fosse para baixar impostos sobre os rendimentos de capital - são momentos como este que nos afastam dos cidadãos e dificultam a distinção do PS face ao PSD. Mas se o discurso tem de ser compatível com a prática, o programa que o sustenta tem de ser consistente e credível. É difícil pedir aos portugueses que acreditem num programa que promete acabar com a austeridade, repor salários e pensões e não aumentar a carga fiscal mas simultaneamente cumpre escrupulosamente, e sem contestação, o Tratado Orçamental e apenas de forma envergonhada defende uma renegociação da dívida pública. Fazer política também é fazer escolhas, também é arriscar. Temos de saber explicar que da mesma forma que o país assumiu compromissos internacionais, também o Estado português tem compromissos assumidos e contratualizados com os portugueses em geral e os funcionários públicos e os reformados em particular, e não pode, em nome dos primeiros, violar os segundos. Temos de saber explicar que o nível de dívida pública acumulado resulta de um processo de integração europeia com resultados assimétricos e de uma zona monetária disfuncional e que, consequentemente, resolvê-lo é responsabilidade de todos e não apenas do povo português. E isso só será conseguido com um governo forte e com apoio popular, mas para isso precisamos primeiro de um PS com uma liderança forte, em quem os portugueses consigam confiar.»
13 comentários :
... Mas o governo forte e com apoio popular será sempre uma absoluta impossibilidade com o pobre Seguro ao leme. Como diz hoje certeiramente, no DN, o escritor Baptista-Bastos: "Seguro, cuja trajectória tenho seguido, por vezes com caretas de apreensão, não dispõe do estofo de estadista e carece daquela ética republicana que faz de um homem vulgar um cidadão inabalável. É um almofadinha, como já alguém disse e escreveu. Há anos, desenvolto moço, azougado, mas já grave, declarou, numa entrevista ao Expresso, que estava muito cansado da política autóctone mas amplamente disponível para se deslocar para o Parlamento Europeu. E foi (1999-2001). O que tem dito e feito parece-me seguir essa linha prudente que embala um destino sem grandeza e sem brilho, mas acautela um futuro tranquilo. Nunca poderia transformar o PS noutra coisa senão naquilo que o PS é e tem sido."
Mais ou menos off-topic, mas relevante na mesma: já viram este manifesto???
Confesso que fiquei enojado...
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/manifesto-defesa-seguro-diz-governo-socrates-foi-desastre/pag/-1
"Fomos ignorados nas nossas críticas, frequentemente vilipendiados, apenas por denunciar os erros, os jogos de interesses e os estragos que a governação do PS de Sócrates estava a infligir a Portugal."
Ass.
Henrique Neto, Ventura Leite, Rómulo Machado e Gomes Marques
Concordo plenamente com esta análise. Para isso precisamos de um líder forte. Só o António Costa neste momento tem as características para recuperar a credibilidade do PS e levar o País à recuperação económica e social.
É isso mesmo. Mãos à obra!
Olha que quadrilha: Henrique Neto, Ventura Leite, Rómulo Machado e Gomes Marques!
Só faltou mesmo, já agora, o seu amigo Jacinto Leite Capelo Rego, que sempre é mais conhecido do eleitorado...
Serão os irmãos "METRALHA" ?
um empresário que consegui falir no auge do sucesso e agora atira as culpas para o sócras, se calhar foi por falta de subsídios, tanto azedume, só pode.
Eu gostava de saber das razões porque o PS sempre se venerou perante Henrique Neto.
Nunca percebi a razão, nem nunca lhe encontrei qualquer mais-valia.
O mesmo se aplica a Luís Amado, Vital Moreira, Pina Moura e quejandos.
O PS nunca parou de fazer borradas.
Olha o Lello, o Lacão...
"Temos de saber explicar que o nível de dívida pública acumulado resulta de um processo de integração europeia com resultados assimétricos e de uma zona monetária disfuncional e que, consequentemente, resolvê-lo é responsabilidade de todos e não apenas do povo português."
O PS não conseguirá resolver este problema porque não consegue romper com o Euro e a Alemanha não quer uma solução federalista ou semi-federalista.
Não será o PS sozinho a resolver o problema com a Alemanha, serão todos os PIIGS em conjunto que primeiro precisam meter a casa em ordem e escolher um governo maioritário que defenda os seus interesses ( o que óbviamente não acontece nem nunca acontecerá com o actual governo e com a actual sua Ex a múmia de belem). Depois, em conjunto, obrigarão a Alemanha a sentar-se á mesa das negociações.A Itália já está a dar o mote, a Espanha talvez precise de eleições para mudar o rumo, a Irlanda e a Grécia estão prontinhas para alinhar...
Vai custar? Vai. Vai dar trabalho? Muito. Mas parece-me que sempre será caminho melhor do que a outra hipótese : definhamento eterno até á sudanização de Portugal.Porque se não escolherem o caminho de Costa, é esse o futuro que nos espera ( o caminho de Seguro não serve porque Seguro nem certeza tem de ganhar eleições, quanto mais com uma maioria forte...)
Só falta na quadrilha o bomboca da UGT.
Mas fixe mesmo, foi a marcha do tozé (n`O jumento)
Ahhhhhhhhh!
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