Não parece excessivo classificar e arquivar Paulo Mota Pinto na prateleira daquela corrente política em acelerada decomposição a que se convencionou chamar cavaquismo: foi vice-presidente do PSD no consulado da malograda Dr.ª Manuela — tendo sido o autor do programa laranja às eleições legislativas de 2009 com a famigerada «política de verdade» — e integrou a comissão política da recandidatura de Cavaco Silva à Presidência da República.
É natural que os deputados procurem, de uma forma ou de outra, ser conhecidos. Por exemplo, Luís Marques Guedes, antes de ser ministro, já era uma figura pública por ter proposto que a Assembleia da República criasse o Dia Nacional do Cão. A Paulo Mota Pinto não se lhe conhecem grandes feitos como deputado. As duas únicas vezes que o seu nome saltou para a comunicação social prendem-se com apelos veementes de grupos económicos.
Aconteceu, em 2010, quando o grupo José de Mello contratou os seus serviços para o representar no diferendo financeiro com o Estado. O Governo de José Sócrates havia retirado, por irregularidades cometidas, a gestão do Hospital Amadora-Sintra ao grupo Mello e Paulo Mota Pinto aceitou, muito embora fosse deputado, defender na comissão arbitral os interesses privados na disputa com o Estado. A sua decisão deu origem a uma grande polémica na Comissão de Ética da Assembleia da República.
Agora, o circunspecto Paulo Mota Pinto volta às páginas dos jornais. Na sequência do pandemónio que instalou no grupo Espírito Santo, Ricardo Salgado, obrigado a demitir-se do BES, recorre aos ensinamentos de Il gattopardo: «tudo deve mudar para que tudo fique como está». Para tanto, escolhe Paulo Mota Pinto para chairman do banco. E o deputado do PSD, que nunca foi bancário, aceitou sem pestanejar ser o testa-de-ferro da família Espírito Santo (recolhida num conselho estratégico do banco a criar). Como dizia o António das botas, em política, o que parece é.
Ai se Paulo Mota Pinto fosse do PS, o que os media não teriam já dito.
É natural que os deputados procurem, de uma forma ou de outra, ser conhecidos. Por exemplo, Luís Marques Guedes, antes de ser ministro, já era uma figura pública por ter proposto que a Assembleia da República criasse o Dia Nacional do Cão. A Paulo Mota Pinto não se lhe conhecem grandes feitos como deputado. As duas únicas vezes que o seu nome saltou para a comunicação social prendem-se com apelos veementes de grupos económicos.
Aconteceu, em 2010, quando o grupo José de Mello contratou os seus serviços para o representar no diferendo financeiro com o Estado. O Governo de José Sócrates havia retirado, por irregularidades cometidas, a gestão do Hospital Amadora-Sintra ao grupo Mello e Paulo Mota Pinto aceitou, muito embora fosse deputado, defender na comissão arbitral os interesses privados na disputa com o Estado. A sua decisão deu origem a uma grande polémica na Comissão de Ética da Assembleia da República.
Agora, o circunspecto Paulo Mota Pinto volta às páginas dos jornais. Na sequência do pandemónio que instalou no grupo Espírito Santo, Ricardo Salgado, obrigado a demitir-se do BES, recorre aos ensinamentos de Il gattopardo: «tudo deve mudar para que tudo fique como está». Para tanto, escolhe Paulo Mota Pinto para chairman do banco. E o deputado do PSD, que nunca foi bancário, aceitou sem pestanejar ser o testa-de-ferro da família Espírito Santo (recolhida num conselho estratégico do banco a criar). Como dizia o António das botas, em política, o que parece é.
Ai se Paulo Mota Pinto fosse do PS, o que os media não teriam já dito.
6 comentários :
Para quê apelar aos média se o Seguro também fechou a boca mais uma vez?
Vamos lá cambada...
A esta gente: chamasse transumãncia com muita resiliência politica. Estas andorinhas pulam de poleiro para poleiro sem um pingo de vergonha.
E porque aparece a pachecal figura entre estes dois "banqueiros" de aviário cooptados por banqueiros-donos de primeiros-ministros e políticos avulso recrutados no PSD?
O pachecal-figurão conivente-sorridente da omo-ética dos seus pares banqueiros por direito divino enquanto congemina acerca do banqueiro-bandido Vara que quis ser banqueiro partindo de bancário, vejam lá o desplante, como se ser banqueiro fosse de joana ou de pelintra.
Força pacheco, busca nas magistradas cassetes e outros farejos e encontrarás umas fotos de Sócrates sorrindo alegre e feliz entre banqueiros, outros que não esses, perigosos-indecentes-corruptos que demonstrarás com tua lábia venenosa que é prova material de corrupção socratina.
Força pacheco, vai, busca, busca, busca. Ficas lindo sorrindo junto dos teus amigos mas isso foi por acaso. O mesmo acaso de pertenceres ao mesmo partido deles e dos outros bancos que nós andamos a pagar e tu dizes que foi o Sócrates e se não foi ele foi alguém em nome dele, a mando dele ou por causa dele ou só porque ele nasceu português e um dia chegou a PM.
E calculem, foi PM uma coisa que tu bem gostavas de ser mas como político falhado que és, talvez chegues a ser historiador.
E não será tu, historiador, a escrever as notas foleiras das histórias de vacas loucas tuas e do teu amigo cavaco. Algum historiador a sério escreverá necessariamente umas notas rascas de roda-pé sobre cavaco e ver-se-obrigado a escriturar algumas páginas douradas acerca de Sócrates PM de Portugal.
Quando Armando Vara foi para o BCP, acompanhando Carlos Santos Ferreira, não houve jornalista/comentador que não visse ali a prova acabada do assalto do PS/Sócrates ao banco.E agora com a ida de Paulo Mota Pinto para o BES? Silêncio total...
"Ai se Paulo Mota Pinto fosse do PS, o que os media não teriam já dito". Frase estupida e parola. Não teriam dito nada!
Para já o dito nunca poderia ter sido do PS! Tinha um posicionamento inicial:antes de ser casta do PSD já o era.
Mas O PS também tem os seus notáveis que se fizeram à pista e conquistaram posição de representantes do dos interesses financeiros, cada um em seu género: os Luíses Amado, os Pinas Mouras, os Vitorinos, os Pinhos, os J. Coelhos, etc etc. O próximo há-de ser o Teixeira dos Santos. apostam? São é poucos e antigos(recrutam em gente medíocre que pouco proveito terá tirando andar a levar e a trazer). No PSD multiplica por 10. É a vida a rolar. Como se explica? Se não sabes explicar e não sabes ser tolerante da realidade, então não percebes nada do saber e do poder e como ele se conquista no longo prazo
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