quinta-feira, julho 03, 2014

«Acordo de salvação nacional»: a única coisa inexplicável
nesse epílogo é que o falhanço tenha ocorrido à última hora
e não desde a primeira hora

• Fernando Medina, O consenso necessário:
    "(...) A interpretação dominante na opinião publicada é a de que o Presidente pretende insistir na geração das condições que permitam fomentar os consensos e os compromissos necessários nesta fase da vida política nacional. Ainda há duas semanas, Cavaco Silva considerou «inexplicável» o falhanço, «à última hora», do «acordo de salvação nacional» que propôs ao PS e à maioria no verão passado.

    Possivelmente, a única coisa inexplicável nesse epílogo é que o falhanço tenha ocorrido à última hora e não desde a primeira hora, tais eram, já na altura, os resultados económicos e sociais da estratégia da austeridade expansionista em que a maioria teimava (e teima) em prosseguir.

    (…)

    Estamos perante um novo consenso social que vai além das tradicionais fronteiras partidárias e que podemos encontrar no tipo de apoios que reuniu, por exemplo, o chamado manifesto dos 70 sobre a dívida. Mesmo no plano da política económica têm vindo sinais importantes dos parceiros sociais, muitas vezes à revelia da vontade do Governo. Infelizmente, por opção própria, o PSD de Passos Coelho e o CDS de Paulo Portas não fazem parte desse consenso. Não fazem este diagnóstico que esta ampla maioria social faz, e como tal, não podem fazer parte da solução dos problemas.

    Do que se trata agora é de dar representação política a este novo consenso social de mudança de caminho. É isso que está em jogo já no próximo dia 28 de setembro nas eleições primárias do PS, e é isso que estará em jogo nas próximas eleições legislativas de 2015."

3 comentários :

Anónimo disse...

Os "sabicholas" que resolvam o problema.

"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."

PCoelho

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...



O consenso já existe. O cavacoiso que renuncie hoje mesmo ao mandato-OKUPA e vai ver o que é CONSENSO NACIONAL!

Anónimo disse...

Seria a isto que aquela NULIDADE se referia quando disse que se ANULOU?