quinta-feira, agosto 21, 2014

Uma família entre o regulador e o (des)regulado

Hoje na Sábado

José, o pai, foi acolhido no BES quando ficou desempregado da política após o fim do cavaquismo.

Guilherme, um dos filhos, foi acolhido igualmente no BES, onde trabalha sob as ordens de Ricardo Salgado (filho).

Luís, outro dos filhos, foi acolhido no Banco de Portugal sem concurso. Concluídos os estudos, havia feito dois estágios de Verão (de um mês cada um) em escritórios de advocacia.

Como eu percebo Durão Barroso quando ameaçava que, se o povo português não aceitasse as sucessivas doses de austeridade, estaria o caldo entornado.

12 comentários :

Anónimo disse...

Ó Miguel, não por aí qualquer coisa contra o Estado de Direito?

Anónimo disse...

País carregado até as costuras de habilidosos e empreendedores.

Zé da Adega

Um Grande Estadista disse...


Gulosos!


A "esperteza" está-lhes na massa do sangue, é o que é...

Anónimo disse...

Manuel Pinho saiu do BES (1994-2004) para Ministro da Economia do PS (2005-2009), Miguel Horta e Costa saiu de Secretário de Estado de um Governo PSD (1987-1990) para o BES, Maria de Belém saiu de Ministra da Saúde e da Igualdade do PS (1995-2002) para o BES (desde 2005), Miguel Frasquilho foi Secretário de Estado das Finanças (2002-2005), foi deputado até recentemente e é Presidente do AICEP andou pelo BES de 1996 a 2013, etc, etc….

Mas não é só com o BES, é também nas grandes empresas nacionais e até internacionais… Catroga (PSD) foi para EDP, José Luis Arnaut (PSD) foi para a Goldman Sachs (PSD), António Mexia (PSD) saiu da Galp para o Governo de Durão Barroso e depois saiu para a EDP… Em 31 das 50 empresas que figuram na Bolsa de Valores foram identificados 51 políticos em cargos de gestão, administração e fiscalização e 70 envolvimentos, o que significa que alguns dos políticos em causa desempenham funções em mais do que uma empresa (desse universo 47% são ou foram ministros).

Quem puder pode visitar o site www.pmcruz.com/eco/ e vão ver as ligações entre políticos e grandes empresas. Por exemplo, só o BANIF andou ligado com António Couto dos Santos (PSD), António Nogueira Leite (PSD), Luís Campos e Cunha (PS), Jorge Oliveira Godinho (PSD), José Lamego (PS), Júlio Castro Caldas (PSD), Vera Jardim (PS) e António Neto da Silva (PSD).

Anónimo disse...

Perdeu qualquer ética e sai de bruxelas como um vigaro e sabujo que é. A pregar moral ... agora vem aí uma pipa de massa vejam como gastam,,, etc. Um porco.
A politica é o serviço a polis, aos cidadaos, ao pais, ao bem comum. Uma actividade nobre, dificil, subvertida ao extremo por este politicos "liberais" sabujos da finança, vendilhoes moralistas que sao um nojo de hipocrisia. E quanto mais radicais piores.Que elites!

james disse...

Mas ainda alguém tem dúvidas sobre o carácter deste oportunista?

Desde os tempos da FDL que nunca me enganou.

Por acaso gostaria de ter ouvido o testemunho de Saldanha Sanches, Maria José Morgado, Ana Gomes, Dulce Rocha e etc sobre este idiota. Isto para não irmos mais longe...

Fernando Romano disse...

Miguel Torga, imaginando o cenário de um teatro com árvores de papelão, escreveu no seu DIÁRIO em 15 de Novembro de 1955:

"Suponha que numa dessas florestas simuladas do palco aparecia de repente um castanheiro autêntico, um pinheiro a escorrer resina.... Seria o pânico, evidentemente. Pois é o que acontece entre nós. Os actores que representam a comédia da vida portuguesa actual são homens postiços, a fingir; e quando por acaso surge na ribalta um fulano verdadeiro, a ressumar seiva e realidade, é preciso eliminar o absurdo de qualquer maneira".

Sócrates foi uma daquelas árvores.

Durão é um daqueles atores.

Quanto a mim, a reação à trupe instalada no poder ainda não passou de latidos de ovelhas tresmalhadas.

Até mesmo no debate em curso nas primárias do PS. A. Costa ainda só late.

Tem de ser aquele pinheiro a escorrer resina...

Façam chegar-lhe esta mensagem. Obrigadinho.



Anónimo disse...

Sim, Romano, que ressuma resina nota-se. É cada prosa, cada escorregadela. Isso foi o Sócrates e aquele rapaz das barbas. Acho que se chamava Jesus Cristo.

No teatro também havia espectadores críticos, cultos que pagavam o bilhete e sabiam o que estavam a ver e depois os amigos dos actores e as claques contratadas que iam lá para botar número e aplaudir. Louvaminhar, desse por onde desse, e por mais canastrona que fosse a figura que protagonizava a árvore.

Coitado do Torga apropriado por reflexões gebas. Ele que longamente recusou a integração na CEE e soube prever e alertar para o que aí vinha.

Ele que se fosse vivo zurziria de alto a baixo o porreiro tratado de Lisboa (uma produção Sócrates & Barroso iLda.) assim como aquilo em que o partido em que votava se tornou.

Já que são incapazes de não dar ao rabo, ao menos tenham a decência de respeitar quem não está cá para se defender das adulterações do pensamento.

Anónimo disse...

A CEE teve como presidente da Comissão em Bruxelas o francês Jacque Delors , o qual o jornal "Le Monde" denominou de um "intelectual na política".Como é possível que passado uns anos tenha aparecido Durão Barroso no seu lugar.Só é possivel devido ás grandes transformações que a Europa passou nos ultimos anos.Como e porquê se operou essa transformação? Porque foi nomeado Durão Barroso ? são questões geopolíticas complexas que só a história poderá responder num futuro.As transformaçõe operadas nas ultimas decadas na Europa ainda não foram alvo de estudos aprofundados.

Anónimo disse...

Isto é que é mesmo uma pipa de massa...

Anónimo disse...


Claro que a conjuntura critica dos ultimos anos, e até da ultima decada, desde logo na europa, onde estamos mergulhados, ainda nao chegou ao beco sem saida para o qual caminha.Dálhe mais um ano!
Enomicamente o dito milagre alemao, o motor, a ancora, com o seu euro centripeto, gripou. De vitoria em vitoria...nas suas politicas celeradas. Cegos todos para o barranco. Deflaçao e divergencia.E eles ainda nao se aperceberam onde estao! Politicamente prossegue o Grande Ocaso Europeu, a ruina dos valores europeus, 27 paises à deriva,entalados entre a chantagem da Russia, a Jiad e guerra do Levante, os atentados do ISIS nos paises ricom com imigraçao muçulmana e a pressao dos famelicos magrebinos e africanoas. Estamos na ponta atlantica. Temos de discutir o nosso destino. Entre nos, cidadaos. Mesmo quando todas as elites partidarias nos viraram as costas, assobiando para o ar entre acusaçoes com fantasma do passado. Entregues a bandidos.Fim de regime. Acorda portugal martir.

Anónimo disse...

"Miguel Frasquilho foi Secretário de Estado das Finanças (2002-2005), foi deputado até recentemente e é Presidente do AICEP andou pelo BES de 1996 a 2013". Estão a esquecer-se que o Frascos foi nomeado agora para a AICEP justamente quando o seu ex-colaborador e aluno na Católica Pedro Gonçalves, também depois menino do BES, passou da AICEP para Secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade? Isto num ministério (Economia) já com grandes cumplicidades com o BES... O próprio ministro Pires de Lima é amigo da família, sobretudo por causa da mulher, uma Fino, e o Secretário de Estado Adjunto da Economia, Leonardo Mathias, é BES dos pés à cabeça (embora tenha pouca). Então estão a esquecer-se que o homem foi director do Banco Espírito Santo de Investimentos (BESI)?