sábado, setembro 13, 2014

O inimigo público n.º 1 dos funcionários públicos


O Governo de Passos & Portas fez a promessa de, em 2015 (ano de eleições legislativas), repor 20 por cento dos cortes efectuados nos salários dos trabalhadores do Estado. Na entrevista que hoje abrilhanta o i, António José Seguro é muito mais comedido do que o Governo de Passos & Portas.

Sobre a reposição dos cortes nos salários, Seguro diz: «Destruir pode fazer-se num dia, construir leva tempo. Este governo empobreceu e destruiu o país. Não estou em condições de prometer que no dia seguinte reponho tudo em matéria de rendimentos para todos os portugueses, isso seria vender ilusões e eu não digo coisas que não tenha a certeza de poder cumprir. O meu compromisso em relação aos salários da função pública é de uma recuperação em função da evolução da economia. Em relação aos reformados, fui mais imediato: acabar com a contribuição da sustentabilidade e isso foi resolvido pelo Tribunal Constitucional.»

Portanto, Seguro não será tão «imediato» com os funcionários públicos como diz ter sido com os reformados. E dá uma pista de que a recuperação dos salários dos trabalhadores do Estado estará dependente da «evolução da economia» (seja lá isso o que for).

Uma coisa é certa: com Seguro, «não haverá cortes adicionais». Mas só «há uma recuperação dos rendimentos, em função do crescimento da economia.» Quem diria que se iria assistir na campanha das eleições primárias a uma ultrapassagem pela direita do Governo de Passos & Portas — por António José Seguro?

2 comentários :

Anónimo disse...

Pois é. Mas no campeonato da ultrapassagem pela direita A Costa ou AJ Segura representam o mesmo: um partido da social-democracia europeia que não tem projeto fora do tratado orçamental e das regras do euro. O resto é foguetório de guerra de fações que interessa muito pouco.

Anónimo disse...

É verdade, absoluta verdade, o que relatam sobre Seguro. Resta apenas um pequeno detalhe que me preocupa enquanto português, simpatizante do Partido Socialista e funcionário público: o que pensa sobre a matéria António Costa?