terça-feira, novembro 04, 2014

Palácio das Necessidades (ou o descanso na paz do túmulo)

— Ó Dr. Machete, não se apercebeu de que estava para rebentar esta humilhação diplomática?

11 comentários :

Anónimo disse...

Não sei o que se passou, mas era preciso ser com JUIZADA para a nossa cooperação descer a este patamar.

Se eles foram fazer lá o que por cá vão fazendo...SEMPRE IMPUNEMENTE..

ignatz disse...

não sejam mauzinhos, o machete ainda não tinha dado barraca este mês.

ignatz disse...

só agora reparei que isso tinha sido pescado no blogue daquele ex-embaixador que se diz socialista mas passa o tempo a dar graxa à direita, três postes abaixo no mesmo blogue podem ler: "... o ministro Rui Machete merece igualmente ser sinceramente saudado por esse novo sucesso do ministério que dirige."

isto é capaz de esclarecer parte da confusão.
http://www.tedmcdonnell.com/blog/2014/10/gusmao-set-to-hijack-east-timor-s-legal-system

Anónimo disse...

O Vossa Excelência está acabado.

Ai se fosse um Ministro do PS, não sei o que seria. havia música para 15 dias ou mais.

Zé da Adega

Fernando Romano disse...

Sempre me ensinaram que a nossa diplomacia internacional ao longo da História foi sempre a menina dos nossos olhos. Enganaram-me ou este ministro é um idiota chapado? Cagança e roncar é o que sabe exibir.

RFC disse...

como o vi a partir daqui, deixei este comentário no http://duas-ou-tres.blogspot.pt (sei que se trata de um blog pessoal mas bem se poderia solicitar/oferecer uma moderação + eficiente nalguma colaboração pro bono).

Umas notas, depois de ver uma réplica do embaixador Seixas da Costa. Pode ler-se que Xanana continuou hoje a sua estratégia de silenciamento dos alegados casos de corrupção sob inquérito, em Timor, através do saneamento e caça de outros juízes portugueses. O percurso político da personagem (e de parte das elites timorenses?) e, consequentemente, a decepção exibida há uns largos anos por alguns dos jornalistas portugueses que, desde a primeira hora, acompanharam a ascensão das Falintil e de Xanana em Dili, são conhecidos e não é coisa nova. Exemplo, que não pode ser desvalorizado: a opinião pública portuguesa que vive com os olhos abertos viu-a aliás, há poucos meses, numa das maiores humilhações feitas à diplomacia portuguesa pós-25 de Abril aquando da última cimeira da CPLP sobre o corrupto regime de sangre de Obiang, em Dili, com o PR algarvio e o PM a fazerem uma figura indigna, ou a permitirem que tenham sido tratados indignamente.* Impressiona mais, no entanto, que a imprensa portuguesa não tenha a agenda telefónica actualizada, ou que pura e simplesmente não exista nada de novo na sociedade civil timorense pós-independência, porque quem surgiu ontem a contestar a estratégia de Xanana Gusmão foi a Fretilin pela voz de Mário Alkatiri. E essa ausência é o + preocupante sobre o que revela sobre as relações biletrais Timor/Portugal em 2014, ou deveria ser.

* Ou seja, tratar-se-á de um padrão que, não sendo referido no post do embaixador Seixas da Costa, opõe Xanana vs. MNE de Rui Machete (e que depois contagia o topo do estado com o PM e o PR portugueses, daí a crítica ao Palácio das Necessidades).

Há mais dois juízes portugueses despedidos por Timor. Iam dar formação e tinham acabado de chegar

Alexandre Baptista Coelho e Fernando Estrela chegaram a Dili em setembro e foram contratados para dar formação. Os contratos foram suspensos mas estes juízes não receberam ordem de expulsão.

Para além de despedir e dar ordem de expulsão a seis magistrados e a um oficial da PSP, o governo timorense suspendeu os contratos a mais dois juízes portugueses: Alexandre Baptista Coelho e Fernando Estrela, dois desembargadores com vasta experiência, que tinham sido contratados em setembro para dar formação aos quadros timorenses.

Porém, a ordem de expulsão em 48 horas imposta na segunda-feira pelo Governo de Timor-Leste não abrange estes dois magistrados, que pelo menos para já vão manter-se no território.

Os outros cinco juízes despedidos e expulsos por Timor já têm viagem de regresso marcada. Eduardo Neves, que tinha chegado em setembro foi o primeiro a conseguir um voo de regresso. Os outros quatro voltam na quarta-feira, tal como o oficial da PSP que estava há cinco anos em Timor. A procuradora Glória Alves regressa a Lisboa na quinta-feira.

No Expresso online.

RFC disse...

Adenda. A meio da manhã surgiu também esta notícia, copiei os primeiros parágrafos que trazem novidades (pode googlar-se pelo título).

Timor-Leste Xanana pede ao Parlamento que não levante imunidade dos membros do Governo

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu ao parlamento timorense para não levantar a imunidade aos membros do Governo até ao final do mandato, numa carta enviada ao presidente do hemiciclo, Vicente Guterres.

"Venho por este meio, muito respeitosamente, requerer a V. Exa. que não seja autorizado, pelo Parlamento Nacional, o levantamento da imunidade dos membros deste Governo até ao fim dos respetivos mandatos, nos termos do artigo 114.º da Constituição da República Democrática de Timor-Leste", refere Xanana Gusmão na carta, datada de 22 de outubro, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
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O artigo 114.º da Constituição timorense refere-se à imunidade dos membros do Governo e diz que "nenhum membro do Governo pode ser detido ou preso sem autorização do Parlamento Nacional, salvo por crime a que corresponda a pena de prisão cujo limite máximo seja superior a dois anos e em flagrante delito".

Na carta, o primeiro-ministro considera que o levantamento da imunidade dos membros do seu Governo vai "perturbar o correto funcionamento da atividade governativa, colocando em sério risco a sustentabilidade do Governo e a governação do país".

[...]

Anónimo disse...

Os sindicatos das corporações querem que o governo intervenha...

eu gostava mesmo de saber se os senhores juízes cometeram erros técnicos ou não...

a impunidade tem de acabar e a independência não pode ser pretexto para tudo...

james disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
james disse...

A parte (gaga) mais engraçada nisto tudo é protagonizada pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público que funcional e hierarquicamente nunca foram independentes...

Pedro Carrilho disse...

Parece-me que, não obstante não ser muito dado a estas questões diplomáticas, talvez porque independentemente do governo alinham sempre pelos us e ultimamente, em termos económicos, pela china através da alienação dos nosssos ativos, parece-me que grande parte desta gente que se indigna, não deve estar habituada a que primeiramente um governo defenda os interesses nacionais, e foi isso que fizeram os timorenses, isto apesar de terem um xanana e de terem poucos anos de experiência nestas lides muito elitistas"" - diz quem sabe que é a melhor vida que se pode ter paga pelos contribuintes - um exemplo que devia servir para de futuro fazer com que os nossos governos e eruditos analistas deixem a órbita us/china e passem para a de Portugal, os portugueses agradecem, os de direita e suponho que os de esquerda e do centrão também rs....