quarta-feira, novembro 05, 2014

«Partir do zero para ter coisas»: a receita de José Gomes Ferreira

      «Tento sempre ver as coisas do lado de quem está a partir do zero para ter coisas, porque também foi esse o meu percurso. Acho que isso dá bagagem para pensar a política e a organização da sociedade tendo em atenção essas pessoas.»
        José Gomes Ferreira, no i

Se Nuno Crato se dispôs a implodir o Ministério da Educação, José Gomes Ferreira quer completar o serviço. Questionado sobre a necessidade de «implodir o sistema para reconstruir do zero», o funcionário da SIC não foi de modas: «Tal e qual.» Para isso, ele não repudia a hipótese de abraçar um projecto político, no qual possa fazer um apelo patriótico aos portugueses: «A tua história foi muito maior do que te dizem». Como confessou ao i, aguarda com alguma ansiedade que lhe soprem ao ouvido: «precisamos de ti».

Entretanto, entretém-se a fazer concorrência aos populistas que vêm brotando por aí em tempos de crise. A receita de Gomes Ferreira é mais simples do que parece. Sendo licenciado em comunicação social, supera as lacunas de base no âmbito da economia através de um autêntico ovo de Colombo: «dou muita importância ao senso comum.» E desabafa: «Às vezes resolviam-se problemas tão fáceis na economia e na política se se seguisse o senso comum

Deve ser por isso que, como lembrava João Quadros, «José Gomes Ferreira, o homem com um programa de governo, veio sossegar os espíritos e afirmou, na SIC Notícias, que o BES estava sólido e que se ele tivesse dinheiro investia tudo em acções do BES (estavam a 0,45 nesse dia).» Aquele conjunto de pequenos accionistas do BES que se esforçou «a partir do zero para ter coisas», e que, com o «senso comum» de José Gomes Ferreira, volta agora à estaca zero, estará certamente ansioso pelo lançamento do projecto político do funcionário da SIC.

6 comentários :

Pedro Carrilho disse...

O que surpreende, neste tipo de personagens a roçar a medicridade, é a facilidade com que se impões no panorama comentarístico nacional, a sic já não vende presidentes como dizia o outro, mas ainda fabrica e alimenta alguns imberbes como este, que de facto não acrescenta nada em matéria de substância, e que em termos de forma, em terra de quem é cego quem tem um olho é rei, vira candidadato a candidato de salvador da pátria, mas também depois de terem fabricado um 1º ministro como o alcoolico do sl e um putanheiro co0mo o coelho, tudo é possivel e para qualquer degenerado que se encontre nos antípodas do que seria expetacável num candidato sério a estes cargos.

Anónimo disse...

Gentinha... Como é que gentinha desta chega onde está? É porque, de certeza, não é do zero que começa para "ter coisas"... José Gomes Ferreira é um dos exemplos de como em Portugal, a méritocracia deixa muito a desejar.

Anónimo disse...

Passos Coelho e J. Gomes Ferreira estão ao mesmo nível: dois indigentes...

Evaristo Ferreira disse...

Este Zé Gomes Ferreira, que diz ter vindo de Tomar, de mãos a abanar, já se sente um espírito esclarecido, mas não passa de um lambe-botas dos neoliberais, sejam eles empresários ou políticos. Esqueceu os pobres, e virou-se para os poderosos como mostra ao dizer que os patrões deviam fazer greves e manifs na Avenida da Liberdade para reclamar salários baixos, menos impostos e menos taxas e taxinhas. Fala de poleiro, tal como o seu camarada Zé Rodrigues dos Santos. Não passam de dois vendilhões do Templo. O Orelhas até pisca o olho aos seus telespetadores... Ciganos!

Olimpico disse...

Gomes Ferreira, veio de Tomar (?!) Humhumhum Nao foi de lá que veio Relvas ?

NB:Este fedorento, conjuntamente, com Cavaco, Carlos Costa, Passos Coelho,Marques Mendes, e outros comentadores, que "ajudaram" a enganar os pequenos accionistas do BES, devem ser processados judicialmente. Não chega chamar pelo nome dos "bois" como fez Pinto da Costa .cavaco foi para a justica, com quem lhe chamou palhaço. Levou à justica Pinto da Costa? Entre palhaço e vigarista há diferença, digo eu.....

Morgado De Basto disse...


Como diz o chinês:"Quanto mais te pões em bicos de pés,mais se nota a tua pequenez!"

Só num País que, nos últimos três anos e meio,regrediu civilizacionalmente trinta anos,é que um zé qualquer é ouvido e lido como se tivesse alguma coisa de relevante a dizer a benefício da Comunidade a que pertence.

Ao que isto já chegou!!!