quarta-feira, dezembro 10, 2014

A garantia de Angola, uma telenovela em ante-estreia

No âmbito dos trabalhos da comissão de inquérito ao BES, João Galamba colocou a Sikander Sattar, presidente da KPMG Portugal (auditora do BES), a questão da garantia do Estado de Angola aos empréstimos concedidos ao BES Angola:
    João Galamba — A 30 de Julho bastaria uma injecção de 1500 milhões de euros para o BES continuar a operar? E, três dias depois, após a divisão do BES em dois [BES tóxico e Novo Banco], passou a ser necessário 4600 milhões? Podemos concluir que foi o modelo de resolução que destruiu a garantia de Angola?

    Presidente da KPMG Portugal — A sua análise é legítima, compreendo-a, mas não posso responder a ela.

Hoje, na Assembleia da República, João Galamba colocou à Miss Swaps uma outra questão, que está relacionada com as perguntas que fez ao presidente da KPMG. Veja-se:


A Miss Swaps fugiu a esclarecer. Mas os problemas que resultaram da atabalhoada resolução do BES não desapareceram. Ainda vamos assistir a uma segunda reconstrução do Grupo Espírito Santo, suportada pelos contribuintes portugueses? Ricardo Salgado fez questão de ir lembrando que a colocação da garantia de Angola no banco mau constituiu uma «enorme ofensa diplomática».

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