segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Fadas e formigas

• António Correia de Campos, Fadas e formigas:
    «(…) Em vez de meros cumprimentos de Estado, seguidos de votos de confiança na Grécia, ou prudentemente se calar, o nosso Primeiro resolveu insultar os vencedores. Marques Guedes, prenhe de imaginação, foi em busca da formiga e da cigarra, ou seja a Esopo, via La Fontaine. Como já Ferreira Fernandes lembrou, “assim devera eu ser / e não esta cigarra / que se põe a cantar / e me deita a perder”. O nosso preclaro governo recomenda aos Gregos que se ponham “de patinhas no chão / formiguinha ao trabalho / e ao tostão”. Só que não leu as estrofes finais do poema de Alexandre O’Neill: “assim devera eu ser / se não fora não querer”. Pois é, parece que os Gregos têm outros planos. Para a nossa Pátria, o ditado do governo é diferente: o povo gastou / o povo tem que pagar / o governo salvador apertou / mas agora relaxou / para voltar a ganhar! As eleições de Outubro, entenda-se. Passos recusa a conferência dos devedores, pensa que se safa sozinho, ou à boleia. No fundo, antevendo a saída a prazo, quer manter a rigidez do porte, mesmo quando ela for de cadáver político. (…)»

2 comentários :

Anónimo disse...

Isto está de loucos, o non sense!
As Narrativas estão em estilhaços! Como dizia outrora o grande educador, agora aplicado à europa do euro, "estamos numa fase em que a burguesia já não consegue governar e o povo ainda se prepara para o fazer!"

Anónimo disse...

Os membros do Governo citados escolheram uma opção . A sua opção foi colocarem-se do lado das potências colonizadoras ,contra os países colonizados Esqueceram-se que a Grécia é um estado soberano integrante da UE e aliado militar da NATO e que o seu actual Governo foi eleito através do sufragio Universal secreto e directo.Sendo Portugal um País que tem sido bastante penalizado pelas potências colonizadoras o que leva as referidas personalidades a tomar aquela opção? É tarefa para os especialistas e investigadores.
O economista e sociologo egípcio
Samir Amin tem realizado uma série de estudos sobre este assunto.
Julgo que não é exagero falar em neo-colonialismo , pois á luz do que está mais ou menos aceite no Direito internacional Publico a UE não é uma confederação nem uma fedcração , nem uma união aduaneira , mas uma associação atípica que é um pouco de tudo isto fruto de interesses poderosos que deram origem a Tratados imperfeitos.