quinta-feira, março 19, 2015

Quem é que sai abalado de um acórdão em modo chocarreiro?


Não sei se José Sócrates está a ser investigado pelo menos há «dez anos», como afirmaram os advogados João Araújo e Pedro Delille. Mas o que sei é que a forma chocarreira como está redigido o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa dá fortes argumentos aos que sustentam que há uma cavada acrimónia do aparelho judicial em relação a José Sócrates, em resultado de o Governo por si dirigido ter eliminado algumas prerrogativas de que os magistrados beneficiavam.

Na sexta-feira, dia 13 de Março, o Jornal de Negócios aflorava o assunto numa peça intitulada «Os lóbis que Sócrates desafiou». Um dos «lóbis» é, segundo o jornal, a magistratura, que terá feito «grandes protestos» quando o governo socialista decidiu reduzir as férias judiciais.

A peça ignorava no entanto uma outra medida que terá provocado uma enorme contestação: a eliminação do subsistema de saúde dos operadores judiciais, tendo os seus beneficiários sido incorporados no sistema de saúde no qual estão integrados os servidores do Estado (a ADSE). Veja-se aqui, a título de exemplo, a forma empolgada de que se revestiu a contestação a estas duas medidas no seio da magistratura.

Ora o estilo do acórdão do Tribunal da Relação, recheado de chalaças, não ajuda a afastar a ideia de que a vingança se serve fria.

13 comentários :

Anónimo disse...

"Onde há fumo há fogo"
"quem tem cabritos e cabras não tem , de algum lado lhe vem".
Provérbios usados pelos juízes da Relação no Acordão . Querem algo mais popularucho que isto? Inacreditável que os senhores juízes se atrevam a tomar decisões tão gravosas para a vida de uma pessoa ,( seja lá o Sócrates, seja o Zé dos Anzóis),nestes termos. Termos que usualmente, ouvimos ,dizemos , entre amigos à mesa do café. Temos que pôr cobro a tamanha indecência.

Anónimo disse...

Tomemos uma atitude perante a prepotência desta cambada justiceira. Alguém que lidere um movimento que defenda os cidadãos das decisões de juízes vingativos.

Anónimo disse...

"E agora, onde vamos cair?" choravam os srs juízes quando deixaram de pagar apenas 20€ numa consulta da mais cara especialidade. Não sei se consigo encontrar grupo mais nojento do que o que se acoita no MP. Sentem-se - e parece que com razão - os donos do país. Uma vergonha. E de lá ninguém os tira.

ana

Anónimo disse...

Chamo a atenção para um Comentário feito ao Post de Valupi, "Relação ou Ralação", por
dsm
17 DE MARÇO DE 2015 ÀS 21:30

É de leitura absolutamente obrigatória!!!

Anónimo disse...

Para alem da indigência de argumentos (?) o que o acórdão revela é uma mundivivência muito proxima da visão ideologica do poder actual. A osmose com a direita é total.Não existe imparcialidade nem independencia.
Faz bem Socrates em levar o caso ao Constitucional e se possivel ao Tribunal dos direitos do Homem, ou qualquer outro desde q seja lá fora.

Anónimo disse...

Na cobertura jornalistica deste processo há evidente má-fé, e não é só dos tablóides do costume.Esta peça do DN é disso exemplo
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4464364
Então se a tese é de que o tal apartamento de Paris era de Sócrates, a que propósito se contabilizam as "rendas perdoadas" na divida para com Santos Silva ??
A outra história que só serve para quem não usa os neurónios é a da compra dos apartamentos à mãe. Se o gajo é o único herdeiro, para que é que iria pagar por património que já era seu?!Não arranjava melhor alternativa para branqueamento ?!

JR

Luís Lavoura disse...

Os juízes portugueses, escudados na sua inimputabilidade, gostam deveras de rechear de chalaças os seus acórdãos.
Ficou famoso aquele sobre Portugal ser a "coutada do macho latino", o qual não deveria ser impunemente provocado. Volta-e-meia comamos conhecimento de mais um ou outro acórdão com a sua chalaçazinha.

Anónimo disse...

Caro Luis Lavoura,

Os juizes bem que podem fazer as chalaças que quiserem aos domingos com a familia. Nos dias de serviço deviam tomar juizo. Ou arriscam-se a que alguém lhe apeteça mandá-los gozar com o caralho que os foda! E com razão !

Anónimo disse...

Socrates de facto meteu-se com um bico de obra : os juizes deste nosso canto nada democractico, à beira mar plantado.
A defesa que pense bem que o desfecho desta embrulhada toda pode mesmo ser a condenação, mesmo que não haja uma única prova dos crimes cometidos.
O que aconteceu a Carlos Cruz não é invenção. Foi real. Foi com este nojento juiz. E à conta disso está um homem inocente há anos na cadeia. Tudo para entronizar um FDP mal formado de um juiz salazarento, parcial e vingativo.
Tome-se cuidado. Já não vivemos em democracia e esta gentinha reles é capaz de tudo...
Este caso é também um aviso à navegação dado por essa classe nojenta, que nunca conheceu o 25 de abril, ao poder politico : vejam lá o que nos fazem ou acontece-vos o mesmo que ao Socrates.
A ministra bebeda foi mais esperta : devolveu-lhes as mordomias e aumentou-lhes os ganhos. É quanto bastou para garantir uma legislatura sem sobressaltos para a senhora.
Pulhas.

Regicida Alfredo Costa disse...



E o nosso valente Buíça, onde pára ele no Séc. XXI?

É que estamos quase a chegar ao mesmo ponto de bloqueio que em 1908...

Anónimo disse...

Um acórdão feito numa caixa de comentários da folha de couve mais vendida nesta terra onde nem os magistrados da nação tem nível para o redigir.
Que boçalidade.

Anónimo disse...

A forma do acordão ainda ressalta mais o facto de a substância ser nula !
Todas as minhas suspeitas de que Sócrates está preso por razões políticas subiram exponencialmente após o conhecimento deste acordão, e também pelo NIM do acordão do Supremo em resposta ao pedido de Habeas Corpus.
Não é apenas Sócrates que está a ser julgado na praça pública. A Justiça portuguesa também está. E a coisa vai de mal a pior!

Anónimo disse...

É evidente que estas expressões como "onde há fumo, há fogo ", ou " quem tem cabritos e cabras não tem , de algum lado lhe vem", assentam quem nem uma luva à nossa justiça, quando se diz que é das mais corruptas do mundo. Os magistrados bem sabem disso e ao colocarem estas expressões nos acórdãos, está-lhes a escrita a fugir para a verdade.