terça-feira, abril 07, 2015

José Silva Lopes (1932-2015)

Não encontrei, de entre as inúmeras referências elogiosas ao percurso de José Silva Lopes, uma alusão àquele que terá sido talvez o último grande serviço que prestou à comunidade (no Verão de 2013): «Sou ferozmente contra esta descida do IRC». Fez questão, em Fevereiro de 2014, numas jornadas parlamentares para as quais fora convidado a fazer uma intervenção, de mostrar a sua decepção por ver o PS, então dirigido por António José Seguro, a subscrever o acordo da direita:

7 comentários :

Anónimo disse...

O Professor Silva Lopes, grande sabedor e fazedor, foi um homem integro de valores, com pensamento próprio, que nos honra ter conhecido. Foi meu professor em económicas e era admirável pelo seu sólido saber, erudição e simplicidade.

Anónimo disse...

O professor Silva Lopes não era nenhum Deus ingenuo, so dizendo verdades, so interpretando ciência. Também tinha posições, às vezes bastante discutíveis e datadas, mas isso é humano, era um ser aberto, que sabia escutar, tinha de fazer a ponte convivial com tantos amigos (Medina Carreira por exemplo)e tantos pares e adversários, e com o real que não tem verdades inequívocas para interpretar. De resto, uma coisa que o caracterizava como professor de finanças, economista académico e como politico e profissional, era a sua compreensão da historia económica e da economia como uma ciência social, a economia-politica, que é o nome desta ciência, "o quer dizer duas coisas: que deve dialogar com outras, como a história ou a sociologia; e que deve estudar problemas concretos das sociedades, e não formalismos abstractos mais ou menos imaginativos”. Também com Silva Lopes o que fascinava era podermos "sempre constatar que essa visão ampla e ligada ao concreto da economia nunca o abandonou".

Magus Silva disse...

O líder do PS José seguro foi bastante infeliz com certas atitudes. Uma delas foi não ter sabido denunciar a tempo, quando o presidente andava a fingir que queria união, quando afinal o que queria era um bode expiatório para as políticas do seu querido governo.
António Costa, com menos dom de palavra, ainda só deu um tiro no pé, quando lhe escapou, para agradar a chinês, que Portugal está melhor. Foi um mal intendido, muito mal entendido que serviu a direita, mais que a esquerda. Mas enfim, está a passar.
Não sei se o ouvi dizer, como dizia Seguro que iria baixar o IVA na restauração,porque essa eu não perdoaria
Quem tem dinheiro para comer fora, que pague o IVA, como eu pago quando compro víveres para infeccionar e comer cá dentro

Anónimo disse...

ó magnus não deturpe o A. Costa disse que o país está diferente.
Diferente não é o mesmo que melhor.

V.G.S. disse...

Lembrado aqui por Paul Krugman: http://nyti.ms/1Fn6pJK

Magus Silva disse...

Votei em António Costa para hipotético próximo 1º ministro. Votei voluntariamente, porque me pareceu melhor posicionado para derrubar esta direita sem respeito pelo direito dos cidadãos.
Claro que não posso ter a pretenderão de acertar num candidato, que defenda os interess4es de quem não tem poder de compra para comer em restaurantes. Não quero acreditar que um candidato de esquerda, defenda um IVA diferente para quem pode comer em restaurantes. Neste caso terei que concordar, bem contra a minha vontade, com a atitude deste ultraliberal e sem nexo governo, que nos ultraja todos os dias
Há inúmeras formas de fazer crescer a economia, sem ser baixando os preços nos restaurantes, à custa de todos os contribuintes.
Votei em António Costa e isso não quer dizer que António Costa venha a governar para mim, mas para todos, sem excepção.
Sou visceral mente contra regalias à custa de contribuintes indefesos.

Magus Silva disse...

Sr. António
Sem pretender entrar em diálogo seja com quem for, peço desculpa por introduzir uma palavra que significa algo de diferente, porque diferente poderia significar melhor ou pior.
Mas eu penso que percebi o significado e é esse que eu pus em causa.
Numa coisa penso que estaremos de acordo. O pais está terrivelmente pior, no que respeita a pobreza, a grandes diferenças sociais e à destruição de quase tudo, menos de uma vil propaganda.