quinta-feira, abril 09, 2015

Marcelo, o cata-vento

João Taborda da Gama lembrou-se da reprovação nas provas de agregação de Saldanha Sanches para tentar pôr em causa o carácter de António Sampaio da Nóvoa, que, como reitor da Universidade Clássica, presidiu ao júri. Augusto Santos Silva e Isabel Moreira desmontam a traquinada.

Muito a propósito, Paulo Pena foi ao baú e reproduz, no Facebook, uma peça publicada aquando da reprovação: «Deixo-vos um texto, escrito em 2007, uma semana depois do tal chumbo. Eu era editor e lembro-me muito bem de tudo o que o Pedro Vieira e o Tiago Fernandes aqui contam, na Visão. Um texto que fala com toda a gente que aceitou falar (e são muitos). Uma coisa este texto e a crónica [de João Taborda da Gama] têm em comum, apesar de um ser de 2007 e a outra de 2015: ambos têm um último parágrafo demolidor para alguém que se pensa poder vir a ser candidato a Belém em 2016. E não é o mesmo alguém...»

Vale a pena transcrever passagens do artigo da Visão:
    «O júri era formado por 10 elementos, mas Paulo Pitta e Cunha, decano do grupo de disciplinas em que está integrado Saldanha Sanches, faltou. Os outros nove foram os catedráticos Leite de Campos, Braga de Macedo, Menezes Cordeiro, Marcelo Rebelo de Sousa, Fausto de Quadros e Paz Ferreira, que terão votado contra, e Jorge Miranda, Teixeira de Sousa e Paulo Otero, que terão votado a favor.

    (…)

    Na Faculdade de Direito de Lisboa, é preciso recuar até aos anos 60 do século passado para encontrar o registo do chumbo de Taborda Ferreira, na agregação. Se Saldanha Sanches estava condenado a chumbar, o normal teria sido que alguém por cortesia lhe tivesse sugerido a desistência ou o adiamento das provas.

    Mas, segundo o fiscalista, o que aconteceu é que recebeu sinais de Marcelo Rebelo de Sousa de que «podia avançar». Resta-lhe a consolação de continuar a ser director da revista Fiscalidade e a saborear o facto de, ao contrário do seu, os pareceres de Leite de Campos e de Marcelo não terem tido vencimento na apreciação da constitucionalidade da Lei das Finanças Locais.»
Marcelo é um homem em quem se pode confiar? Imagine-se o que faria em Belém.

7 comentários :

Anónimo disse...

O Marcelo é o Cavaco de Cascais.

A propósito de ninhos de víboras disse...

Quem ainda sente alguma capacidade de se espantar com a qualidade dos nossos magistrados judiciais, deve debruçar-se sobre o modo de vida nas faculdades de Direito portuguesas.

A propósito de ninhos de víboras disse...

Onde está «qualidade» entenda-se, é claro: características, modos de ser e de agir, fundações morais e cívicas.

É de fugir!

Anónimo disse...

A cara desse "cara de c..." qualquer coisa da Gama, que às vezes já vi na TV, nunca me agradou.
E a razão encontrei-a agora: falso como Judas, hipócrita e mentiroso.
Ele personifica neste caso o que de pior essa gente vai fazer a todos os que possam ter um pequeno "cheiro a PS": vão desenvolver uma campanha de ataques do mais infame e vergonhoso que se possa imaginar.
Quem pensar vir a obter o apoio do PS, que se prepare - eles são piores que mabecos e vão ... "comê-lo vivo"!

Júlio de Matos disse...



"Filho de peixe sabe nadar".


E... filho de fascistas?

RFC disse...

... Serviço público, o algodão não engana. Este Paulo é filho de Jaime, e faz parte de um clã possível dos filhos do regime, em que o Taborda serve para iludir. Isabel que é a filha Moreira canta-lhe bem aos ouvidos, no Aspirima B.

Um péssimo cartão de visita.

Anónimo disse...

Ando a ver se encontro os comentários do Marcelo Rebelo de Sousa na TVI em 2011 a propósito do DL 40/2011 - um decreto que alterava os valores de competência dos vários órgãos para autorizar despesas e que toda a oposiçãod e então (era o governo de Sócrates) criticou e, num ato inédito, a Assembleia da República revogou o decreto do governo e repristinou o DL anterior. Se não me falha a memória, o Marcelo, professor de Direito Administrativo, também criticou o DL 40/2011 dizendo que subia os limites para ajustes diretos (o que é falso) - e tinha a obrigação de saber o que dizia...