domingo, maio 17, 2015

A boda de Guimarães

• Afonso Camões, A boda de Guimarães:
    «Juntemos dois ou três canídeos e observemos. Rodopiam sobre si próprios, cada qual cheirando o traseiro do outro. Na minha terra, chamamos cheira-cus a este impulso irracional que é também tão comum no condomínio privado em que se transformou a política caseira, comentadores e politólogos incluídos.

    Isto, a propósito da fumaça gerada pelo lançamento da biografia de Pedro Passos Coelho e do episódio da revelação de que Paulo Portas (que o próprio desmentiu e Passos confirmou) se demitira "irrevogavelmente" por mensagem de telemóvel, no início daquele verão de 2013.

    Andou-se nisto dias a fio. E questionou-se a sinceridade da troca de alianças entre os líderes do PSD e do CDS, anunciada a 25 de abril. Ora, com a mesma frieza e calculismo com que geriu a crise de há dois anos, amarrando Portas ao compromisso de governo, Passos veio esclarecer, de vez, que é verdade o que a sua biografia autorizada revela em discurso direto, e que não é um episódio desses que ameaça o fito eleitoral da coligação. (…)»

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