domingo, maio 17, 2015

Passos Coelho, o nosso Dr. Kevorkian


• Nuno Saraiva, Passos Coelho, o nosso Dr. Kevorkian:
    «(…) Confirmámos, se dúvidas tivéssemos, que para Passos Coelho os fins justificam os meios. Isto é, que os milhares de empregos destruídos nos últimos quatro anos não passam de pequena azia natural resultante do xarope, ou que a dor dos mais de 400 mil forçados a emigrar é um estado febril consequência da dose medicamentosa, ou que o facto de quase metade dos portugueses enfrentar risco de pobreza antes de realizadas as transferências sociais seja uma ligeira moinha, efeito secundário do antibiótico. Isto para não falar do assalto às pensões e aos salários ou do enorme aumento de impostos, da degradação de serviços públicos essenciais como o Serviço Nacional de Saúde, a justiça ou a escola pública, que nos deixaram a viver pior, muito pior. Mas isso são, certamente, enxaquecas ligeiras que, como diria o outro, "o país aguenta". Em resumo, a tese é a de que se lixem as pessoas, desde que os números batam certo. E o pior é que não batem. (…)»

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