terça-feira, maio 26, 2015

Os desaparecimentos de Passos (ou as brancas no curriculum)

Perante o acentuado aumento da pobreza e o notório empobrecimento da classe média, tornou-se ainda mais estridente a insensibilidade do Governo, em particular do alegado primeiro-ministro, que não se cansou de repetir, durante estes quatro anos, uma lengalenga de culpabilização dos cidadãos, insistindo numa espécie de culpa colectiva que faz de cada português ora um malfeitor ora um vagabundo a viver à conta do Estado.

Por isso, Passos Coelho precisa, como de pão para a boca, de ver a sua imagem humanizada. Para tanto, a central de informação do Governo lançou uma vasta campanha: da biografia às entrevistas, passando por artigos laudatórios, a comunicação social é convocada a vender um primeiro-ministro como não o conhecíamos (e que, na verdade, nunca existiu).

Hoje, coube ao semiclandestino i publicar um vergonhoso panegírico de Pedro-enquanto-jovem. Tão descarado que nem lhe falta uma alusão às leituras de Sartre, aspecto que deveria, por um mínimo de pudor, ser silenciado para sempre.

Há no entanto um aspecto no panegírico que me chamou a atenção: «Depois da viagem a Lisboa [para assistir ao congresso da União dos Estudantes Comunistas], Pedro desapareceu e só regressou dias depois, mudado. Paulo Rui não teve coragem de lhe perguntar o que tinha acontecido, mas sentiu o afastamento.» Ora há vários períodos no percurso de Passos Coelho em que ele desaparece da vida pública e que se encontram sob uma intensa névoa. Pelos vistos, já na adolescência, Passos Coelho tinha tendência para desaparecer e aparecer mais tarde recauchutado.

7 comentários :

ignatz disse...

o sá carneiro tamém aparecia e desaparecia, foi no desaparecimento final que chegou a mito. a este pode ser que lhe caia um aerodromo em cima.

Anónimo disse...

A foto publicada pelo i não é inocente. Se vejo bem o trio é composto por alguém cuja imagem não me é estranha mas de cujo nome não me recordo, por José Pacheco Pereira e, julgo, Pedro passos Coelho, lustroso e de pelos no peito. Isto coloca a questão da época: é dos anos noventa, todos PSD (num artigo sobre os anos setenta?) ou é dos anos 70? que eu saiba JPP pertencia a um grupelho maoísta e PPC à juventude comunista, de papel passado como conta o primeiro e os dois grupos não se misturavam.

Em todo o caso o objeto da foto parece ser JPP e não PPC. O passado comunista deste é sobejamente conhecido - até veio lá de cima às festas do avante - e a falar verdade no método ainda há qualquer coisa disso nele.

Olimpico disse...

Agora se percebe a posição do PCP, no derrube do governo do PS., Passos Coelho, ainda lá tinha ficha. ..Como o outro...kaskaskas.
Alguem aqui refere que PPC,, pode ser vítima de um qualquer aeródromo lhe caía em cima da cabeça. O mais certo é cair-algum velho avião dado como contrapartida, pela venda da TAP.
Pior que PPC, é BARROSO, que impunemente se passeia pelo mundo, sem que lhe caía em cima da cabeça estilhaços das GUERRAS que promoveu, no Iraque, Siria, Libia, e tudo o vier da Ucrania. ...Etretanto, este,Blair, Aznar, com o patrão Bush, continuam a facturar, com suas conferências da Treta.

Anónimo disse...

ora, foi dar na branca nesses desaparecimentos, toda a gente sabe disso qual é a surpresa?

HY disse...

Ele sempre gostou de ler Sartre.. "Saa-rrrt-ttree". Era uma palavra difícil, mas muito gira.

Anónimo disse...

Até pode mesmo ter lido Sartre na juventude e coisas igualmente eruditas.
Não quer dizer que tenha percebido patavina do que leu.
A julgar pelo seu discurso actual, o mais provavel é que nunca tenha percebido um cú do que quer que tenha lido ao longo da vida, pois tem o vocabulário de um adolescente e o raciocinio de um puto de 5 anos.

BANZO disse...


Este parvo militou na UEC????


Mas como, se NUNCA ESTUDOU NADA?