terça-feira, junho 09, 2015

CGD ofereceu a marca Banco Postal aos CTT

O projecto de criação do Banco Postal remonta a 2001, tendo na sua origem uma parceria entre os CTT (que iriam deter 49% do capital) e a CGD (51%). Cerca de um ano e meio depois, a CGD adquiriu a participação dos CTT e o projecto ficou em banho-maria.

Entretanto, em plena fase de privatização dos CTT, caiu do céu uma licença para a abertura do Banco Postal, sem que esse detalhe tivesse sido repercutido no preço de venda das acções. Como resolver o problema de a designação «Banco Postal» continuar na posse da CGD, que a havia adquirido aos CTT? Nada mais simples: a CGD, banco do Estado, doou-a aos CTT, agora empresa privatizada.

Vistas estas peripécias de longe, o banco Goldman Sachs, que adquiriu cerca de 5% do capital dos CTT, é capaz de ter ficado convencido de que o país é uma república das bananas. E que a contratação de José Luís Arnaut, tratado carinhosamente na São Caetano por Asnô, é uma mais-valia inigualável. Isso irrita um pouco.

3 comentários :

Olimpico disse...

A GOLDMAN SACHS, investiu 700 milhões no grupo Bes, Papel comercial, pela mão de Luis Arnout.Inicialmente este investimento teria ficado no Banco Bom, mais tarde voltou ao Banco Mau, sem grande reclamação. Quando isso aconteceu, lembrei a um dos lesados, que estes, recebem SEMPRE. Há sempre um "Luizinho" a contabilizar esses negócios. Quem nos defende desta gente?

Anónimo disse...

Mas se está no prospecto de oferta que os CTT tem a licença, como pode não ter sido repercutido na procura e no preço??

Anónimo disse...

Ao contrário! Não obstante ter sido através de um fundo com outro nome constituído especialmente no Luxemburgo, e haver muitas ações judiciais contra BP, Finanças e NB, a lei diz que os qualificados não podem receber e não se paga. Ficaram a arder, tanto os lesados, como o GS. A lei manda e é cumprida!