domingo, junho 21, 2015

Pst... pst...


    «1. Pst, chegue-se cá, bem pertinho, para mais ninguém nos ouvir: você não gostaria de ficar com uma empresa pública de construção e reparação naval, com dívida elevada e muitos trabalhadores e sem encomendas relevantes, porque o Estado cancelou unilateralmente as que tinha aprazado, mais uma chatice com um navio construído para um cliente que não o aceitou?

    2. Claro que não: que trabalhos!

    3. Mas se lhe fosse garantido que o Estado fechava a empresa, assumia o passivo, tratava do problema do navio recusado, despedia os trabalhadores e alugava-lhe a preço simbólico terrenos e materiais para você instalar uma empresa sua, no mesmíssimo ramo, sem passivo, podendo recontratar os trabalhadores sem nenhuma obrigação passada às costas e na medida estrita das suas presentes necessidades? Hum, o negócio já começava a valer cinco minutos de reflexão, não? E então se o mesmíssimo Estado que havia cancelado as encomendas à tal antiga empresa pública lhe adjudicasse agora a si, por ajuste direto, sem maçadas de concurso, dois navios militares no valor de 77 milhões?

    4. Acha que não é possível?

    5. Pois vá a Viana do Castelo e informe-se junto dos antigos Estaleiros Navais.»

13 comentários :

Anónimo disse...

Ora e se o responsável máximo pelo negócio fosse um senhor governante com escritório de advocacia montado, não seria ainda melhor?

Anónimo disse...

Este palerma devia emigrar. Tem a mania que tem sempre razão. Foda-se, quem é que atura esta gaja?

Anónimo disse...

Vocês não estão a ver a coisa...

Os tipos da Martifer são é empreendedores!!!

Rosa disse...



Vergonhoso! Eu sempre desconfiei deste negócio e não só...

Anónimo disse...

E aonde e que anda o palerma do António Costa que não chama os bois pelos nomes ?
Hum ?
O Prof. Augusto Santos Silva dê lá uma mãozinha ao Costa senão o país estará perdido!

Anónimo disse...

Augusto Santos Silva denuncia uma negociata vergonhosa. O que diz o verme spinner de serviço? Nada. Insulta Augusto Santos Silva. Mas NÃO NEGA que este esteja a falar a verdade. Essa é que é essa.
Nojentos? Nojento é que está neste momento no governo e que quando abre as pernas deixa sair esta corja de vermes, que vêm para o blog onde são denunciados insultar tudo o que mexe.
Não passam de vermes.
E estão com medo. Vão para o desemprego dentro de 3 meses.

Germano Efromobicho disse...



E agora esclareçam-me lá: quais poderão ser as semelhanças entre esta negociata porca, aqui denunciada, e a recente e magistral operação "Tap(inha)"?

Luís Lavoura disse...

(1) A empresa antiga, a estatal, teria sempre que ser encerrada. O Estado teria sempre que despedir os seus trabalhadores e assumir o seu passivo. Quer tivesse alugado os terrenos, quer não.

(2) Portanto, que se critica ao Estado? O facto de, tendo terrenos, ter decidido alugá-los a baixo preço a um privado? Mas não é isso que qualquer câmara municipal faz quando quer atrair investimento para o seu concelho? Não é costume os Estados ajudarem os investidores fornecendo-lhes a baixo custo terrenos infraestruturados? Não é costume os Estados atraírem investidores fornecendo-lhes encomendas, em vez de irem encomendar ao estrangeiro?

Unknown disse...

Lavoura, e o caralho da encomenda cancelada que serviu para falir a empresa?

Falta-te esse "pequeno" apontamento.

Casimiro disse...



Este lavoira parece um tó-tó quando defende a governalha, mas de certeza que se ela um dia lhe pisasse os calos, havia de parecer uma bicha a rabejar.


Mas não te iludas, sonsalho, que um dia a arbitrariedade e a arrogância do Poder há-de bater-te à porta, de uma forma ou de outra.

E aí, meu menino, bem podes bradar pelo gregório, que ninguém vai alçar o cu para te tirar da merda que mereces.

Luís Lavoura disse...

Unknown, a empresa estava falida de qualquer forma. Tinha trabalhadores a mais e encomendas a menos. Não eram as duas encomendas do Estado que a iriam manter à tona.
A empresa atual tem essas duas encomendas e mais meia dúzia de encomendas de privados e, mesmo assim, dá trabalho a muitíssimo menos pessoas do que a empresa estatal que a precedeu.
E a empresa estatal já se tinha mostrado incapaz de captar encomendas privadas. Mantê-la à tona apenas para encomendas estatais era artificial.

Rosa disse...



O que não deixa de ser uma grande aldrabice...como todas as negociatas que veneram o País em saldo...

Casimiro Baltazar da Conceição disse...



Sim, paspalhão. Mantê-la agora à tona dando trabalho "a muitíssimo menos pessoas do que empresa estatal" e com as mesmíssimas encomendas estatais, para darem muitíssimo mais lucro aos xicos-espertos dos novos patrões, isso sim, não é artificial. Isso é real (e bem REAL)!


E queres tu que acreditemos mesmo que tu ainda acreditas no pai natal, santoínho?