sábado, junho 06, 2015

Um projeto de cenário económico para a década


Extracto da intervenção de Mário Centeno na Convenção do PS:
    «(…) Os cortes salariais têm um impacto permanente no valor das pensões. Quatro anos a ganhar menos 30 euros por mês (um corte de 5% num salário de 625 euros) reduz o valor total da pensão em 8400 euros. Mas se o mesmo trabalhador tiver um período de desemprego de quatro anos, mesmo que continue a receber proteção social, a quebra do valor total da pensão atinge 22000 euros. Estes são os números do flagelo social que a queda de 40% das contratações, o aumento da duração do desemprego e a generalização dos cortes salariais provocaram nas pensões dos portugueses, sem que de tal NOS tenham dado conta. As duas medidas de redução da taxa contributiva por si só permitem um ganho de remuneração. É esta a valorização que propomos e que se opõe aos cortes observados nos últimos quatro anos.

    Estas medidas garantem uma participação ativa de Portugal na construção da área do euro e um Orçamento do Estado mais sustentável, porque há mais portugueses a contribuir e porque essas contribuições são mais equitativas.

    A redução do desemprego não é uma garantia, é o resultado de políticas. É o resultado do aumento do investimento, desde logo em novas contratações. Com apoio à inovação, com maior eficácia na utilização dos fundos europeus, com redução da carga fiscal de empresas e trabalhadores, ao mesmo tempo mais amiga do trabalho.

    A redução da pobreza não chega na forma de um subsídio. Resulta de uma fiscalidade que eleva o rendimento dos mais pobres, aumentando ao mesmo tempo a coesão social. De um esforço de empregabilidade dirigido aos mais desfavorecidos no mercado de trabalho. (…)»

10 comentários :

Anónimo disse...

Muito boa intervenção.Graças a Deus que há pessoas competentes.Sérias,rigorosas e que estudam as realidades.Pois,o desemprego, os cortes nos salários, têm impacto forte nas pensões de reforma e de aposentação futuras.Além de ser menor - actualmente e nestes 4 anos de austeridade demente - os descontos obrigatórios de quem tem os salários reduzidos.Menos dinheiro para a SS, menos dinheiro para a CGA e pensões e reformas menores no futuro. Menos rendimentos para as pessoas, menos dinheiro na economia. Todos perdemos, afinal.Ah, e a dívida pública, muito maior que há 4 quatros... Queremos políticas públicas que façam crescer o emprego,que eleve o rendimento dos mais pobres, que contribua para uma sociedade mais equitativa e mais justa. Queremos políticas para um mundo melhor. Um mundo mais coeso e em que o bem comum aconteça.FORÇA!!!

Anónimo disse...

Não sabemos quem é o Doutor Mário Centeno . Sabemos apenas que ele não pertence ao PS , e pela Comunicação Social sabemos que foi o escolhido por António Costa para chefiar o grupo de Economistas por ele escolhidos , que é Doutourado em Economia por uma Universidade Norte -americana, e é um dos muitos economistas que estão ao serviço do Banco de Portugal.
Infelizmente não pude estar presente no Coliseu onde o Programa de Governo do PS foi aprovado e por isso não posso fazer um juízo de valor.
Pareceme-me que o Doutor Mário Centeno prevelegia apenas um pequeno numero de variáveis macroeconómicas , parece-me ser um numero muito insuficiente mas penso ser prematuro estar a fazer qualquer comentário. aguardemos calmamente o desenrolar dos acontecimentos.
Não podemos fazer um tratamento numérico partindo do principio que há parâmetros e variáveis que são realidades indemonstráveis.

Anónimo disse...

Mário Centeno: a sério que é de esquerda?
Este blog quer enganar quem, exactamente? é ele e o Vital Moreira. Se são de esquerda, então o Paços de Ferreira vai ser campeão para o ano. ó camara corporativa, qualquer dia até o francisco assis é um gajo de esquerda, tu queres ver? Arranjem juízo, cromos.

Anónimo disse...

Havendo no PS muitos Quadros com formação em Engenharia ou Economia , alguns com formação dupla nessas duas áreas não entendemos porque António Costa recorreu a pessoas estranhas ao Partido.

QualquerUm disse...

Presumo que o PS quer ser governo para governar para a totalidade do país, não apenas para os 'não estranhos' ao partido... Penso eu.

ignatz disse...

"... não entendemos porque António Costa recorreu a pessoas estranhas ao Partido."

se calhar foi para chatear os direitolhos e está a consegui-lo.

Fernando Romano disse...

Já repararam que a imprensa vendida a este governo e aos bandos que o apoiam quase por completo ignoram as suas intervenções?

Anónimo disse...

Este senhor sempre foi contra o ordenado mínimo, e por isso nada sobre o seu aumento, defende uma ainda maior desregulamentacao das leis do trabalho, em suma um puro produto do neo-liberalismo, Mario Centeno ao lado de Ferro Rodrigues e Manuel Alegre nada tem de pluralismo, mas sim naquilo que o PS se transformou, um albergue espanhol onde cabe tudo.

Anónimo disse...

Resumindo, pelo que aqui leio: mário centeno é um liberal, segue a política do grande capital e é igual a vitor gaspar.

Se assim pensam é caso para dizer que carlos costa estava bem enganado quando anulou um concurso para que o homem não tenha chegado a economista-chefe do banco de Portugal.

Se não é, é caso para dizer que há uma certa esquerda, a esquerda Jonet, marxista à espera da grande revolução, dura e dogmática, que não prescinde dos seus pobres para poder sobreviver.

Com que então o ps de costa é igual ao psd de passos? Vendam essa ao povo; se conseguirem.

Anónimo disse...

O projecto de António Costa para o PS é mais do mesmo desde sempre, basta ver a escolha do Centeno e a sua proximidade com as políticas sociais de regimes autocráticos e sanguinários. É sabido que qualquer ideia que possa colidir com a UE neoliberal não tem hipótese de ser ouvida dentro do PS. Até a podem deixar falar como à dirigente da APRe. Mas trata-se de mera consolação de alguns menos afortunados que a seguir continuam a afirmar toda a disponibilidade para escolherem a política que os vai fazer empobrecer e aos seus. É um autêntico paradoxo cidadãos que estão nos níveis de mais baixo rendimento venham a escolher as políticas do PS-PSD-CDS, que têm como resultado prático a hipótese bem fundada de terem ainda muito menos no futuro.

O resto é conversa para enganar os tolos e os inconscientes.