• João Caraça, O fim da Comissão Europeia:
- «(…) Qualquer que seja o resultado do referendo na Grécia, sobrará sempre o problema da Comissão Europeia: para que vai servir no futuro? Os fundos que redistribui são claramente insuficientes (dez vezes menos) para fazer convergir as regiões menos avançadas com as mais desenvolvidas; as políticas que promove têm um contributo indefinível para a competitividade da economia europeia; a ideia mais ridente de futuro que nos transmite é a de alimentar negociações e barganhas políticas contínuas e infinitas até altas horas da madrugada.
São os governos nacionais que são responsáveis pelos problemas dos Estados membros. Foi o que a crise ‘grega’ definitivamente a todos mostrou. A Comissão está para além dos governos dos países membros e a sua utilidade, para a grande maioria dos cidadãos europeus é, neste momento, nula. A globalização, ‘arma’ americana contra a guerra-fria (que acabou por vencer) vai desmantelando as organizações que dela nasceram: a CEE (que se empinou até se transmutar em UE) é um desses casos. Os índios nunca podem saber mais do que o chefe.»
2 comentários :
Eis uma opinião que acrescenta algo, com uma perspectiva que transmite luz! Na mouche! Quando uma organização de topo como a Comissão é dirigida sucessivamente por ilustres nulidades, selectas mediocridades, confirmados oportunistas e vigaristas, gente sem alma ao serviço de interesses inconfessáveis, políticos e tecnocratas do ferozes do pensamento único e do poder mesquinho, isso quatro, oito, doze, desasseias ... anos e anos a fio, a aparar os interesses e os poderes dos fortes e acima de todo o poder alemão, então esta condenada na sua função e missão.
A própria máquina da Comissão é uma caricatura obediente. Escolhendo sucessivamente para os mais altos cargos gente àquela imagem e semelhança, é toda a estrutura instrumental que está profundamente minada e nada de jeito produz.
Nem mais. Excelente!
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