segunda-feira, agosto 24, 2015

Problemas mal resolvidos num semanário perto de si

Maria Filomena Mónica, com Zita Seabra,
no lançamento de «Eu, Cayetana»
no Estoril Palácio Hotel

Sendo do domínio público que há quem esteja viciado em substituir refeições saudáveis por croissants acompanhados a vodka, não é aceitável que a direcção do Expresso se aproveite dessas situações de aparente fragilidade e as utilize para procurar atingir terceiros. O que Maria Filomena Mónica escreve sobre José Sócrates na última edição do semanário é deprimente para a própria. E é-o para o Expresso, que publica a catarse.

A peça em causa é uma nojeira, mas é sobretudo de uma indigência confrangedora. A colaboradora do Expresso gaba-se de ter levado a cabo uma investigação aprofundada sobre o percurso académico de Sócrates em Paris, envolvendo recursos sofisticados — «motor de pesquisas relativo a teses em curso ou defendidas em França (ABES, theses.fr.)» —, estando em condições de garantir a «um povo analfabeto, aldrabão e parolo» que não há quaisquer vestígios de obtenção de graus académicos.

E para desmontar o alegado embuste do mestrado, Mónica mergulhou de cabeça no mémoire (muito embora umas linhas acima confesse que o procurou afanosamente nas livrarias e não encontrou): «a tortura em países democráticos pode ser analisada num trabalho académico: o que não pode é sê-lo desta forma». A emérita socióloga condescende que a utilização da tortura «é moralmente condenável, mas isso não justifica a inclusão das democracias como países que causam "arrepios"

Saciada, Mena, como é conhecida no meio, fez chegar ao Expresso a alucinada catarse. A direcção do semanário, apesar de ver a baba a escorrer pela prosa, publicou-a. Deveria, ao menos, ter alertado a sua colaboradora de que tinha andado a farejar o mestrado na página dos doutoramentos, para a realização do qual José Sócrates, de resto, já fora admitido depois de concluir o mestrado (como é bem explicado aqui). A orientadora poderá confirmar tudo.

9 comentários :

Manojas disse...

Esta, ou outra igual, chamada de atenção devia ser enviada ao Expresso para publicação.E o Expresso aceitá-la-ia?

QualquerUm disse...

Em suma: uma parola aldrabona a caminho do analfabetismo.
Já o marido...
Se haviam de estragar 2 casas... (como se dizia antigamente).

Fernando disse...

Ainda no domingo vi um documentario na SIC em que a Dra aparecia a comentar a evolução da sociedade portuguesa depois do 25 de abril.

Retive esta pérola: o facto de haver muito mais pessoas com doutoramentos ou com um canudo, não é uma garantia ou seuqer um sinal de evolução do país .
Só quando existir investimento estrangeiro é que o pais evolui. E aí sim os canudos podem ser uteis.

Alguem explica aquela cabecinha ilustre que um dos fatores de atração de investimento estrangeiro é o nivel de qualificação dos seus habitantes ?

S. Aldo disse...

Já não admira que até o outrora ainda radioso expresso também ele caminhe alegremente para o ocaso do jornalismo.

Anónimo disse...

Coitada da criatura! Os culpados do que ela anda a bolçar são o Vasco Pulido Valente e o António Barreto. Foram eles que, ao dar o nó, e no caso nó ceguinho de todo, meteram na cabeça da menina que ela é uma intelectual. Loira a burra, ela acreditou. Os dois mânfios é que têm de ser responsabilizados por esta poluição. Quanto ao Expresso, é hoje um vazadouro de mediocridades e menoridades. Basta ver a cara de lorpa desse fulano de Mação, o que veio da JSD e é, a exemplo do Carlex, um zero à esquerda.

Anónimo disse...

O merceeiro já devia ter ameaçado cortar na ração se ela n escrevesse alguma coisa a desancar no socrates! Incompetentes que se vendem por um prato de lentilhas!

Anónimo disse...


Basta olhar para a fotografia acima para decifrar com clarividência "as peças" nela representada...
Diz-me com quem andas... dir-te-ei quem és...

Abraham Studebaker disse...


Que grande candidato a PR dava o António Barreto! Com o passado político que tem e esta Maria para 1ª dama, seria a evolução na continuidade! Força Maria,força Aníbal,perdão,António!

Anónimo disse...

Há uns anitos atrás, quando alguém difamava/caluniava desta forma, havia direito a um processo crime e a desmentidos feitos no próprio órgão de comunicação social...Agora já não existe isso? É tudo à balda? Já não existem leis que impeçam de destruir uma pessoa inocente sem provas concretas algumas? Triste país este, está pior que a selva...Abram os olhos, povão, e não votem mais nos criminosos do PSD/PP que nos (des)governam!M.