segunda-feira, setembro 14, 2015

Caso BES servirá de círio fúnebre a Cavaco, de véu negro a Maria Luís e de mortalha a Passos, os três principais responsáveis

• António Correia de Campos, A alegre campanha:
    «(…) O BES. Manancial inesgotável. Servirá de círio fúnebre a Cavaco, de véu negro a Maria Luís e de mortalha a Passos, os três principais responsáveis. O caso BES está para durar. Leviandade, mentiras e pressas, dão sempre maus resultados. Leviandade na voz grossa do aval político a negócios que se sabia impossíveis e fraudulentos, como a venda de papel comercial, como se de títulos firmes se tratasse. Já houve quem dissesse que a palavra de Passos (e Cavaco) seriam cartas de conforto da recusa de apoio de Estado, com o BCE e a Comissão mais que atentos. Mas depois vem o enleio da mentira, empurrada pelo contraponto: não, não se fez como no BPN, não se aceitou a nacionalização, apenas a resolução, ficando tudo a cargo da banca. O rabo de fora do gato escondido é desfeito pela imprensa económica: grandes perdas públicas existem no envolvimento maximal da Caixa, na vulnerabilidade que acresce a um BCP aflito cá e na Polónia, e sobretudo na redução regular de lucros bancários passíveis de imposto, devido à servidão a que a Banca será obrigada, mesmo que em prestações suaves. Finalmente a pressa, a eterna má conselheira. Mesmo que o negócio fosse mau, como se esperava, o Governo deitaria foguetes por ter encerrado um dossier difícil. Saiu tudo ao contrário: a pressa passou a sobranceria: não, não temos pressa nenhuma nem pressionamos o Banco de Portugal! Se a fatalidade era previsível, porquê então inventar um método de concurso em que o vendedor perde poder negocial a cada recusa de interessados, diminuindo de degrau em degrau a distância ao desprezo. Tudo isto fui depois explicado, clarinho, a Passos, perante centenas de milhares de Portugueses. Porquê continuar a errar e a mentir, atolando-se na lama, com os indignados em ira justificada? Até que o Governo, no final, ceda tudo o que, em bom tempo, teria podido negociar? A promessa de Passos de servir de primeiro subscritor de uma angariação para pagar a advogados, pensando que assim obtém a remissão dos seus erros e pecados, foi tirada indigna da dignidade do poder. Será destruída pelo ridículo. Semana horribilis? Não, apenas o princípio do desmontar da feira. (…)»

4 comentários :

Anónimo disse...

Muito pouco há-de viver quem não vir realizada esta profecia de Correia de Campos. Mais: Salgado só sera julgado por imposição popular e de esquerda. A direita more de medo só de pensar que o banqueiro abre o livro em pleno tribunal. Se assim for, é o funeral da direita.

Anónimo disse...

Sim, o PS já não pode fugir mais a enfrentar este assunto que lhe vai cair em cima já em Outubro: o Caso BES. Um assunto, de que a questão dos pequenos e médios lesados é apenas um detalhe. Um assunto que tem ser abordado de forma clara e quantificada, com a devida análise de impactos e de risco. Um assunto que parte de um longo e generalizado encobrimento da situação que todos sabiam existir antes de rebentar e que se extendeu à farsa da Solução-Resolução de 2014, dita salvífica e sem dor. Na enorme complexidade e gravidade do caso e do passa culpas, vemos um filme à frente: história dos rumores, dos sinais dados ao longo dos anos de chumbo, das omissões de actuação atempada, até às informações concretas e às certezas, amplamente comentadas nos salões e antecipadas nos escritórios de advogados e consultoras de negócios: a certeza de que o rei vai nu e esta em estado absolutamente podre e comatoso. A real falência do Grupo e do Banco BES. O PS nesta campanha, não pode fugir deste caso, de apontar o processo de encobrimento cumplice da classe politica activa e institucional e da sua troika. Nem deixar de apontar os responsáveis pela grande ocultação, manipulação e passar despudorado de responsabilidades, que continua até hoje sem vergonha. Levada a cabo pelo Presidente da Republica e pelo primeiro ministro e seu vice. Assente na mentira urdida por dois ministros das finanças e dois da economia, pela tonteira criminosa da ministra da Justiça e pelos seus seus órgãos de investigação e acusação parciais e inúteis. Assente no alheamento da Procuradoria e na negação do Parlamento até ao rebentamento. Assente na conivência, indiferença e mentira do Presidente do Banco de Portugal e dos demais reguladores da banca, com a bênção do BCE e da UE. Sem esquecer a elite dos negócios e os banqueiros. Uma bomba relógio ao retardador. Há todo um povo que quer saber o que A.Costa e o PS tem a dizer, na cara de Passos e olhos nos olhos, sem mentiras e falácia. De forma simples e directa, com as continhas bem feitas pelo Prof. Centeno.

seg set 14, 01:21:00 da tarde

Anónimo disse...

APOIADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

arebelo disse...

E como uma desgraça nunca vem só,ai aquela bagunçada de Braga com a promessa imbecil do peditório-parece que desmentido menos de 24 horas depois como é regra-eis que aparece a chanceler Merkel em pleno parlamento europeu a desenterrar o PECIV e a lamentar o veto da capangada do pote devidamente assessorada pelo conúbio dos comunas com a esquerda caviar,abrindo assim as portadas à famigerada Troika e a que o irredutível das feiras se especializasse em relojoarias com contagens regressivas!E tudo complementado com o esclarecimento dos acordos então estabelecidos entre Sócrates e todos os parceiros europeus.Só espero pela reacção dos "pafirosos"e daí acho que não...