sábado, abril 01, 2006

Taxistas contra taxistas: a sustentabilidade ambiental na PGR

Os leitores do CC já conhecem as peripécias que envolvem a atribuição de um terreno (e parece que um edifício também) à ANTRAL por parte da Câmara Municipal de Lisboa. O vereador José Sá Fernandes não esteve pelos ajustes e decidiu apresentar queixas à Inspecção-Geral da Administração do Território e à Procuradoria-Geral da República.

Agora é uma outra associação de taxistas — a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) — que considera que a cedência do terreno e do edifício “ofende o princípio da imparcialidade e o princípio da igualdade, pelo que a deliberação é nula.” A FPT sustenta que, durante um jantar promovido por cerca de 400 taxistas, entre os quais o presidente da ANTRAL, Carmona Rodrigues se terá comprometido a tomar estas “medidas” pelo apoio à sua candidatura à presidência da Câmara.

A Câmara de Lisboa tem, segundo o Público de hoje, uma vereadora para a mobilidade. E foi esta vereadora, Marina Ferreira, que, entre outras justificações para a cedência à ANTRAL do terreno, onde será construído um posto de combustíveis, recordou que um dos fundamentos da deliberação tomada é a sustentabilidade ambiental, uma vez que o posto a construir terá combustíveis menos poluentes.

A Procuradoria-Geral da República não deve instaurar um inquérito; deve antes propor um louvor à vereadora amiga do ambiente.

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