sábado, maio 20, 2006

Os notários e o jogo de sombras chinesas



Vale do Lobo & Quinta do Lago


Jorge Silva, notário privado, começou por nos tratar com cortesia. Com o passar do tempo, vem dando sinais de estar com os nervos à flor da pele. No mais recente comentário, já não nos ralha — grita connosco. É também uma forma de comunicação.

Tanto quanto é possível perceber o que quer transmitir (nos comentários e no seu blogue), Jorge Silva já não está preocupado com o futuro dos notários, contrariamente ao que deixara entender nos primeiros comentários com que pontuou a sua presença como leitor do CC.

Agora, o que o desassossega, segundo afiança, sobretudo desde que o procurador Ventinhas entrou em cena, é que poderá verificar-se uma irrupção da fraude decorrente da simplificação dos procedimentos a que as empresas estão obrigadas.

Jorge Silva diz mais: a simplificação dos procedimentos que respeitam às sociedades comerciais não representa um rombo superior a 10 por cento nas receitas dos notários privados. Por isso, é desinteressadamente que anda nesta guerra.

Jorge Silva sabe que é uma guerra perdida. As empresas ganharão com isso — e os cidadãos também. O que os notários temem é outra coisa. Que a simplificação dos procedimentos se estenda a outras áreas, nomeadamente aos registos prediais. E parece inevitável. Como é que se justifica a existência de duplos registos numa área quando se elimina na outra? As reservas de combustível fóssil também acabarão um dia.

PS — Jorge Silva insinua constantemente que não discutimos a substância da questão. Já lhe abrimos as portas para que o faça no CC. Jorge Silva, está à espera de quê?

8 comentários :

Anónimo disse...

Não passas de um pulha, um betinho cornudo. Vai espantar os burros, teus colegas de estábulo.

Anónimo disse...

Realmente,por vezes o CC entra em paranóia... eu não gritei, apenas não reparei que a tecla caps lock estava ligada...LOL...Não pensei que tal fosse motivo para tanta agitação...Quanto ao resto, respondo mais tarde, com mais tempo.
Cumprimentos

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Aqui funciona o lapis azul. Volta Salazar, estás perdoado.

Anónimo disse...

Agora é rosa... rosa-pink...

Anónimo disse...

O meu caro, ninguem vai vender ou comprar um empresa ou uma casa verbalmente, vai ser sempre necessário documento escrito. Escrito por quem, por um profissional liberal (notário), isento e independente,verifica a conformidade com a lei e presta acessoria a ambas as partes, com honorários tabelados na lei,em 200€; ou por um profissional liberal ( sociedades advogados)que cobrará no mínimo 10% ou seja 2000€ em média, que representa uma das partes, ou por dois que vão ter de chegar a um acordo, havendo sempre uma das partes que melhor representada estará, com maior capacidade financeira, criando assim desigualdades sociais e aumentando a litigiosidade de 0% para 3% nos tribunais, onde um processo para chegar a julgamento já demora em média 8 anos.
Protege o que está a funcionar bem , e ataca o que funciona mal, quais os motivos desse mau funcionamento e quem defendo um modelo sem notário,ao contrario do que existe em toda a europa ( Alemnha, França, Austria,Italia, etc.) e o porque desse modelo único, se não será apenas para quadriplicar os lucros das suas sociedades de advogados, estando todos os que trabalham na justiça contra , ordem dos advogados ( comunicado do bastonário a aconselhar a não realização de qualquer acto societário após 30 de Julho sem apoio jurídico), juizes, procuradores. A favor apenas alguns advogados de sociedades inglesas em portugal ( onde 80% facturação é societário), sociedades em que a maior parte da sua actividade resulta do imobiliário, e uma comissão de desformalização onde quase todos pertencem a mesma sociedade de advogados inclusive o seu líder. É esta a justiça que queres Miguel?