segunda-feira, maio 22, 2006

Técnica da unanimidade e contágio

O PCP utiliza-a. Na guerra colonial, a “acção psicológica” também se socorria dela. António Cluny maneja-a com mestria: as suas opiniões são postas na boca de outros e representando o que a generalidade das pessoas pensa. Se for preciso recuar, como aconteceu num célebre Prós & Contras, ele não se inibe de proclamar que apenas transmitira uma posição de outros — que não a sua, subentende-se.

Leia-se a entrevista do presidente vitalício do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público ao DN e confirme-se o uso da técnica da unanimidade e contágio. Mas confirme-se também que, quando a Procuradoria-Geral se espalha ao comprido, Cluny transforma-se no porta-voz da corporação, desmultiplicando-se em entrevistas. Ele diz que o “sindicato apenas intervém em situações de crise grave quando está em causa a dignidade profissional de alguns magistrados.”

Afinal, para além do Dr. Sampaio, quem mais tinha ilusões acerca das conclusões do inquérito ao Envelope 9?

2 comentários :

Anónimo disse...

A trabalhar nas horas de expediente, "Miguel"?

Ainda bem que o patrão sabe deste teu 2º emprego...

Cumprimentos ao Costa e, em particular, à filha...

Anónimo disse...

Não é só o PC que a usa - o "Miguel Abrantes" e seus heterónimos comentadores também o fazem, até à exaustão, com dados errados sobre Funcionalismo Público...