Ruth Garcez, a primeira juíza portuguesa, morreu hoje. Foi fundadora da Associação Portuguesa das Mulheres Juízes.
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1956, regressou a Moçambique, onde exerceu advocacia durante duas décadas. Só depois da revolução dos cravos e já em Lisboa opta pela magistratura, ingressando na carreira de juiz de direito em 1977. Voltaria a ser pioneira em 1993, quando é colocada no Tribunal da Relação de Lisboa, tornando-se na primeira mulher a aceder ao posto de juíza desembargadora.
Jubilou-se por limite de idade em 2005, um ano depois de ter contestado o concurso que a impediu de aceder ao Supremo Tribunal de Justiça, sustentando que tinha sido dada preferência "a juízes que serviram o poder político". Retomaria o assunto em “Eu Juiz me Confesso”, um livro onde toca em várias feridas do sistema judicial português, denunciando a relação perigosa entre política e justiça.
[Público]
sábado, junho 10, 2006
A primeira juíza portuguesa
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3 comentários :
O CC, que se tem revelado um entusiástico membro do clube de fãs da Autoridade da Concorrência, nada diz sobre o affaire Brisa do Atlântico.
A Cavalaria americana dizia "Um bom índio é um índio morto", no século XIX.
O "Miguel", no século XXI, aplica uma variante da mesma máxima, agora com Júizes.
Brilhante.
Um bom Juiz é um Juiz morto...
Miguel Abrantes (um pouco lacrimejante...)
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