O relatório de actividades da Inspecção-Geral de Saúde (IGS) dá uma leve ideia da (predisposição para a) desordem que reina na área da saúde: foram recuperados em 2005 cerca de 1,4 milhões de euros “que estavam por cobrar ou que tinham sido indevidamente pagos a profissionais no Serviço Nacional de Saúde.” Há referências ao citado documento aqui e aqui.
A maior parte do montante recuperado pela IGS resulta de “inspecção às remunerações e outras regalias dos dirigentes e gestores dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde.” Estão ainda em causa horas extraordinárias indevidamente pagas, em especial a médicos.
E há outras verbas que decorrem do chamado follow-up, ou seja, o acompanhamento do cumprimento de recomendações apresentadas numa anterior investigação levada a cabo pela IGS, que “apurara que 70 por cento das isenções às taxas moderadoras concedidas pelos centros de saúde eram ilegais, fazendo com que o Estado perdesse anualmente milhões de euros.”
A maior parte do montante recuperado pela IGS resulta de “inspecção às remunerações e outras regalias dos dirigentes e gestores dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde.” Estão ainda em causa horas extraordinárias indevidamente pagas, em especial a médicos.
E há outras verbas que decorrem do chamado follow-up, ou seja, o acompanhamento do cumprimento de recomendações apresentadas numa anterior investigação levada a cabo pela IGS, que “apurara que 70 por cento das isenções às taxas moderadoras concedidas pelos centros de saúde eram ilegais, fazendo com que o Estado perdesse anualmente milhões de euros.”
4 comentários :
Só o fazem porque o podem fazer, impunemente. Em Espanha não é assim. Nem tão pouco os médicos usam (e abusam) das vinhetas para receitas pr'ó vizinho, pr'ó cão e pr'ó gato.
Há um controlo rigoroso no carimbo (em vez de vinheta) do serviço de saúde que, após as consultas, tem que ficar fechado, no serviço, sendo detectadas receitas passadas fora do período de trabalho, público, do médico.
Que excelentes pés de meia!
Já em 2003, a IGS tinha apurado que «o grupo de pessoal médico é responsável por cerca de 77 por cento dos encargos com o trabalho extraordinário e o serviço de urgência absorve, na totalidade ou na quase totalidade, os custos com as horas extraordinárias, destacando- se naturalmente e de novo o grupo de pessoal médico, uma vez que, em vários hospitais, o total dos encargos com trabalho extraordinário do pessoal médico se refere ao serviço de urgência, e, nos restantes casos, traduz sempre valores percentuais elevados».
Estes artistas não devem ser mal entendidos.
Mais não faziam do que aplicar um método de gestão algures entre a administração pública e a privada.
Quem sabe se a preparar a futura privatização dos serviços.
Logo, deviam no fundo ser premiados.
Nos hospitais públicos/empresa/o raio que os parta, um dos espelhos do país.
Só lhes faltava o subsidio/compensação de habitação.
Z
IGS recuperou um milhão de euros pagos indevidamente em 2005
Mais de um milhão de euros que estavam por cobrar ou tinham sido indevidamente pagos a profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram recuperados pela Inspecção-Geral da Saúde em 2005, segundo o relatório de actividades deste organismo.
De acordo com o documento, a que a agência Lusa teve acesso, a Inspecção-Geral da Saúde (IGS) foi chamada a intervir em 19.693 situações no ano passado.
No mesmo período, a actuação deste organismo resultou na recuperação de 1.177.802 euros, dos quais 957.030 euros foram relativos a remunerações, 95.502 euros a horas extraordinárias, 46.765 euros a senhas/taxas moderadoras e 78.505 euros a outros valores pagos indevidamente.
Os 1.177.802 euros recuperados representam a esmagadora maioria dos 1.396.919 euros que a IGS apurou terem sido pagos indevidamente ou se encontravam por cobrar. A acção da IGS com incidência financeira resultou ainda na instauração de oito processos de natureza disciplinar.
Uma das acções desenvolvidas pela IGS no ano passado foi o acompanhamento da inspecção às "Remunerações e outras regalias dos dirigentes e gestores dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS)". Esta intervenção incidiu sobre as remunerações e outras regalias de mais de 300 dirigentes máximos e gestores dos estabelecimentos e serviços do SNS.
A IGS estimou em 1.196.287,58 euros o valor das importâncias a repor, uma vez que foram "indevidamente processadas". Deste montante, "mais de 80 por cento do valor apurado já foi regularizado ou encontra-se em vias de regularização", ou seja, 957.030 euros.
Estão a decorrer 26 procedimentos de natureza disciplinar para apurar eventuais responsabilidades. Lusa
http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=09&d=05&uid={DB9A16A9-3020-4BD5-82DC-3F449E2C99D7}&id=96336&sid=10605
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