O Carlos não gostou que eu tivesse escrito o seguinte: “Uma busca foi feita às agências do BES sem nenhum aviso prévio por fax, nem a presença das televisões no local. Uma pouca-vergonha pegada actuar assim.”
Para provar a manipulação da minha prosa, inunda a loja de fotografias sobre a rusga às dependências do BES. Demonstra, assim, que não só os jornalistas estavam presentes, como — vejam bem — a própria Guardia Civil andava a cirandar por ali.
Em relação à Guardia Civil, confirma-se que polícia estava ao corrente da operação e foi chamada com antecedência. Um erro inadmissível do Juiz Baltasar Garzón, que eu tentei obviamente disfarçar. Espera-se que, da próxima vez, os magistrados e os homens do fisco se façam acompanhar de seguranças privados para não alertar a polícia. Ou arrombem as instalações do BES de Kalashnikov em riste.
Mas suspeito, em relação aos jornalistas, de que o Carlos não tenha razão. Uma operação desencadeada às oito horas da manhã, envolvendo centenas de pessoas em diversos locais de Madrid e Barcelona, é capaz de, ao fim de algum tempo, não ter passado despercebida aos media.
O Carlos esqueceu-se no entanto de referir se o fax também foi enviado. E nestas coisas, dizem os entendidos, o efeito surpresa pode estragar tudo.
sexta-feira, novembro 03, 2006
E os espanhóis também mandaram o fax?
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10 comentários :
Deve ter sido isso. Como se sabe, até o senhor Garzón, que por láq andou e sabe, é muito respeitador da bondage do poder judicial que se pratica neste Estado de abuso oficial.
Por aqui, funciona uma máxima mais simples: uns chucham, outros sofrem ou emigram - a máxima do Estado Social português. se quiserem, e pianinho, também se podem juntar ao clube do avental e/ou bandeirinha - auferindo dos negócios nas horas de Estado (nas vagas distraiem-se...). Que o País obedeça, mandava o velhote. Este, sentado sobre a promiscuidade dos media e a cumplicidade dos servos administrativos, manda!
o abrantes ficou picado...
ai, que quem lhe paga não gosta nada que os posts dele sejam postos a nu...
nem gosta nada que neste blog já quase ninguém comente nada, caindo o que o abrantes diz na indiferença...
ai, que o emprego está em risco...
e que difícil é, hoje em dia, arranjar um trabalho honesto!
Tambem notei, as fotos queriam dizer que houve "badalo", mas não considerou que os operadores "freelancer", pudessem ter tido conhecimento depois de desencadeada a operação, seria uma hipotese a considerar.
Fiquei, assim a saber,(!) que tal como cá, os media estão sempre na frente e não precisam de reboques, fica esta certeza
Na maioria dos casos, o BES tem uma proposta melhor!
o que vem demonstrar é que todos os magistrados, quer de um ou outro lado, funcionam da mesma maneirou, ou seja, são todos maquiavélicos, ansiosos de assumir protagonismos pessoais, tipo estrela de cinema, coniventes com os poderosos financeiros. acho que ,no seu intimo passam desejos de liderança política, mas sem o seu ónus. lembram-se na Itália, do "celebre" juiz das mãos limpas? passou pra política, pergunto, o que de relevante esse sr, fez? que de positivo tenha realçado na política italiana.? Zero meus caros. É só vaidades pessoais e de grupo, nada mais. Já dizia o meu amigo Zacarias, estes tipos são uns pelintras, com deformações patológicos estranhas. Algum chá de malvas, poderá contribuir para alguma acalmia. Experimentem e vejam os resultados.
Professor adolfo
adolfo... siga o exemplo de final de vida do seu homónimo mais conhecido
É, portanto, mentira, que as televisões se colocaram a postos UMA HORA antes da entrada das autoridades no banco.
Boa, Miguel - sai mais uma mentirita...
Ó Adolfo:
Dá-me o telefone e a morada do teu amigo Zacarias que eu gostava de lá ir a uma consulta.
Já agora dá-me a tua morada também, para eu te agradecer pessoalmente.
Sempre admirei pessoas generosas e corajosoas, como tu e o teu amigo Zacarias.
Certos comentários aqui expressos não são do agrado de muitos dos magistrados. Nota-se pelas reacções. Geralmente muitas delas não contrapondo aos factos, utilizam argumentação de nível corriqueiro e de uma puerilidade que roça a parvoíce. Para magistrado é de facto muito pobre. Bem, se olharmos para muitas das argumentações na tomada de decisões (acórdãos) em vários julgamentos, verifica-se um nível de linguagem semelhante. Não à nada a estranhar. Quando a asneira pagar impostos, aí sim, passam a estar… desculpados!...
Professor adolfo
Pois mas já que gostam de ofender identifiquem-se.
Semeiam ventos não estão à espera de sorrisos.
Enquanto não, continuam a ser o que são: cobardes.
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