quarta-feira, janeiro 24, 2007

Direitos especiais

Miguel Sousa Tavares comparava, n’A Bola de ontem, a última violação de segredo de justiça no processo Apito Dourado com as sucessivas revelações acerca das investigações em curso no âmbito do mesmo processo:

    “Em segundo lugar, não deixa de ser curioso que só esta situação tenha enfurecido a ilustre procuradora, e não todas as outras situações de violação do segredo de justiça — e, essas sim, indiscutíveis — que têm ocorrido com os interrogatórios à pessoa da D.ª Carolina Salgado, levados a cabo por ela. De há duas semanas para cá, desde que Maria José Morgado iniciou tais interrogatórios, temos sido confrontados com a descrição detalhada dos mesmos, publicada em alguns jornais e em tais termos que, mais do que relatos dos interrogatórios a uma testemunha, parece estar-se perante o teor de uma sentença sumária e condenatória dos arguidos. Ora, correndo uma vez mais o risco de enfurecer a fúria justiceira instalada tranquilamente em tantos espíritos moralizadores da praça, faço notar o seguinte: a Dr.ª Maria José Morgado tem beneficiado do privilégio processual de interrogar livremente uma testemunha quando quer, onde quer, as vezes que quer, pelo tempo que quer. Falo sem a presença de um juiz que possa impedir ou limitar formas inadmissíveis de interrogar, sem a presença dos acusados e de advogado que os represente e que possam contestar as perguntas, contra-interrogar, assegurar um princípio fundamental de direito penal, que é o do contraditório. Que estes interrogatórios, onde os arguidos não têm a menor hipótese de defesa e que se passam apenas entre gente do Ministério Público, apareçam depois publicados nos jornais, isso sim, é que é uma grave violação do segredo de justiça — que no passado e em casos semelhantes tem funcionado como uma forma de pré-condenação de suspeitos e pré-determinação da opinião pública. Que a ninguém ocorra mandar investigar essas fugas parece-me, de facto, curioso.”

12 comentários :

Anónimo disse...

O Sousa Tavares tem o problema do pai que foi preso por tráfico ilícito de capitais e nunca mais se recompôs disso.

Anónimo disse...

Acho uma baixesa vil vir com este tipo de argumentos, tentando destas forma silenciar o MST. Assunto em apreço é outro, concordando em absoluto com a opinião do MST.
Kavako

Anónimo disse...

Silenciar o MST ?
Bem podem torcer-lhe o pescoço
A propósito
Falta muito para chegarmos à Sicília ?

Anónimo disse...

O MST só perde o bom senso, (como neste artigo), quando lhe tocam no FÊCÊPÊ.
Que querem ... o homem não é santo!
Xantipa

António P. disse...

De acordo com MST...mas também não ficaria mal a MST ser crítico do EX-COMPANHEIRO DA Sra. D: CAROLINA SALGADO porque às vezes parece o his master's voice !

Anónimo disse...

O MST tem toda a razão!
Não fosse o seu sectarismo pelo FECEPE, seria de levar a sério!..
Quando o ouvir a criticar aviolação do segredo de justiça pelo tal juiz Conselheiro que telefonou a avisar o Bimbo que iria ser detido, então lévo-o a sério! Até lá, aguardo o segundo artigo da Grande Reportagem sobre a Opus dei. Não MST não esqueci!!!

Portas e Travessas.sa disse...

»»»»a Dr.ª Maria José Morgado tem beneficiado do privilégio processual de interrogar livremente uma testemunha quando quer, onde quer, as vezes que quer, pelo tempo que quer.««««


Essa é a grande diferença.

Quanto ao que diz o Tavares, não conta, se fosse bom na area, exercia a profissão, por isso não lhe vista a pele.

A Sicilia, tem muito que aprender, tem que cá vir fazer um curso de reciclagem, aqui é mais fino, ate jantam na Assembleia da republica, só acessivel aos "maiores" e pessoas de bem

Anónimo disse...

mst01:
Difamar é imputar factos falsos.
O pai do MST esteve preso por tráfico ilícito de capitais.
É um facto.
Pergunte ao MSY se o pai esteve preso ou não.
E se esteve preso se foi por dar uma esmola a um pobre...

Anónimo disse...

Miguel sousa Tavares defende o indefensável!
A promiscuídade instalada no futebol a Norte.

Anónimo disse...

O pai do MST esteve preso por tráfico ilícito de capitais.
É um facto.

Anónimo disse...

O MST é licenciado em direito!!!!. Andou uns tempos pelos tribunais, advogando, mas ficou traumatizado. Até hoje....
Não sabe que as testemunhas não são interrogadas mas sim inquiridas? Que o interrogatório se destina aos arguidos?
Queria na inquirição das testemunhas, EM INQUËRITO, a presença do arguido e do seu advogado!!!!!Onde é que já viu esse sistema a funcionar?
Já agora podia ser em directo na TV no PRÖS e CONTRAS moderado pela Fátima Campos Ferreira., e com claques na assistência....
Com essas brilhantes ideias sobre processo penal,( expostas num jornal desportivo...) ainda vamos vê-lo a ser aproveitado pelo ministro da justiça para encabeçar uma "UNIDADE DE MISSÃO PARA A REFORMA DO PROCESSO PENAL". Depois da Grande e Histórica "reforma"das férias judiciais será mais um "reforma"que ficará nos anais da justiça portuguesa....
MST evite falar de Justiça e Futebol porque os seus traumas e facciosismo toldam-lhe as ideias.
Escreva "Equadores" de que ( com ou sem plágio) gostei muito.

Anónimo disse...

ESMERALDA TAMBÉM FOI ISABEL

A mãe biológica revelou ontem que a menina, que está a ser disputada na Justiça, se chamou Isabel nas primeiras semanas. “Ficou Esmeralda porque a mãe do Baltazar se chama assim”, explicou Aidida Porto. Hoje, a menina é tratada por Ana Filipa na família Gomes, a única que conhece e que a acolheu aos três meses. Aidida Porto justificou a entrega da filha ao casal com a falta de dinheiro e com o facto de estar ilegal no País. As dificuldades económicas levaram-na – para alimentar a filha – a aceitar a proposta de um indivíduo que lhe ofereceu dinheiro em troca de sexo, contou.


Notícia do Correio da Manhã, de 26.1
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?idCanal=0&id=228889


Afinal, a creditar nas notícias vindas a lume, a mãe biológica faz sexo por dinheiro.
Chamar-lhe prostituta é um exagero.