sexta-feira, março 16, 2007

Cluny não confia no Ministério Público





Já se desconfiava, mas agora confirmou-se. António Cluny entende que nenhum dos seus colegas do Ministério Público é de confiança ou tem competência para desempenhar o cargo de presidente do poderoso Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP). Assim se compreende que este fino democrata, que tanto gosta da alternância e tão bem combate os políticos que se perpetuam no poder autárquico, tenha feito o sacrifício de se candidatar a um sexto mandato — abafando qualquer tentativa de renovação.

Cluny desempenha as funções de presidente do SMMP em acumulação com as importantes funções de procurador-geral adjunto no Tribunal de Contas. Ou será o contrário? Pode entender-se que a dúvida é maliciosa, mas a verdade é que, se pudéssemos trocar as suas constantes intervenções na comunicação social por receitas no Tribunal de Contas, o país ficaria a lucrar!

12 comentários :

Anónimo disse...

Mais um democrata.
Eu que entendo de democracia, que aqui por baixo nunca tive problemas de dizer o que penso, mas também nunca me respondem...
Eu que entendo de democracia, ainda não percebi para que é preciso este Blog, se o SIS já está na ordem, a comunicação social na ordem está, as polícias para lá caminham, e todos na ordem vão andando, as sondagens incluídas...
Não percebo!
Será complemento, vitamínico?!
A mim é que me davam jeito umas vitaminas, mas como anda tudo a encolher, acho que nem preciso.
Eu que entendo de democracia, fico aqui em baixo à vossa espera!!!!

Anónimo disse...

Então é esta a cara do tal CLUNNII? Não conhecia. Lendo a foto, verifico que reflete o pior do ser humano.Rosto comprimido,sorriso fechado sem expressão, olhos pequenos,tipo colegial. Tudo isto somado, dá um resultado nada famoso para tão estranha criatura sindical. A safadez da expressão,mostra alguma vileza a não descurar.O rosto é a componente mais importante para se fazer um juízo sobre determinado individuo. O rosto, tão expressivo que é, permite avalia-lo negativamente da seguinte forma: De quem, não se pode confiar,volatil,voraz e inseguro.

Anónimo disse...

gosto do comentarista anterior... tinha futuro caso as teorias de lombroso não tivessem sido já totalmente desmontadas há muitos, muitos anos...

mas gosto ainda mais do amor que o abrantes tem pelo cluny... sempre gostei de histórias de amor impossível...

Anónimo disse...

Este Abrantes ama mesmo o homem.
É-lhe totalmente devoto.
Já viram o monte de fotos que ele tem do Cluny?

Anónimo disse...

O homem em causa, é uma especie em vias de extinsão na nossa praça.Lamechas quanto baste,bajulador,vazio,burguês e catita.
Esta figura é tão esteril que da sua cabeça nada mais brota, senão um conjunto de afirmações desconexadas da realidade.
Ele pensa que sabe muito, mas não sabe de nada, e a sua ignorância é tanta que nem sequer está em condições de saber aquilo que lhe falta.
Um abraço para o miguel e abrantes, continuem.

Anónimo disse...

No "Expresso" de hoje, O Dr. Cluny
afirma que "O PCP é um partido muito importante e quando não me abstenho voto no PCP".
Tem o direito de votar em quem quiser; já a abstenção me parece uma atitude pouco própria de um cidadão consciente e responsável...
Mas que quererá ele dizer quando afirma que o PCP é um partido muito importante? Mão é certamente pelo apoio popular, pois não consegue nas eleições mais de 6 ou 7 % dos votos! Então é certamente pela influência que tem no poder judicial, que não é eleito mas está cheio de elementos do PCP, inclusivamente elegendo-os para as suas associações sindicais.
O PCP, que não consegue qualquer poder em órgãos eleitos, acaba por ter um poder enorme através do controlo do M.P., que é um Estado dentro do Estado, e do poder judicial em geral, que pode controlar o poder executivo e o próprio poder legislativo, "interpretando" as leis a seu bel-prazer.
Em suma: o PCP acaba por conseguir
"na secretaria" o que não consegue em eleições livres e democráticas!
Isto dá que pensar! Alguma coisa está mal neste reino da Dinamarca|

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

No após a 25 de Abril, vários individuais de diversos quadrantes iniciaram um percurso, em vários domínios da nossa vida colectiva, que os guindou a lugares nunca antes sonhados e que se eternizaram no poder dessas organizações fazendo inveja a muitos DITADORES.
Nos sindicatos temos uma serie desses oportunistas e malandros, falam em nome dos trabalhadores, não exercendo qualquer actividade que honre este nome (trabalhador), á décadas:
O QUADRO PRINCIPAL DOS FIGURÕES:

- CARVALHO DA SILVA- CGTP
- CLUNY – MAGISTRADOS
- PICANÇO – UGT
- TRINDADE – CGTP
- ONOFRE – UGT
- JARDIM – PSD
- NOGUEIRA – CGTP
- SUCENA – CGTP
- PROENÇA – UGT
- CARTAXO – CGTP
- PILÓ – CGTP
- LANÇA – CGTP
- ADÃO – CGTP
- ALBANO – CGTP
- NOBRE - UGT

- ETÇ, ETÇ, ETÇ.
Citando apenas alguns DOS VÁRIOS FIGURÕES, porque há muitos mais…

Para quando uma lei que ponha cobro a esta vergonha? Sabemos como se processam as eleições para estes cargos, influencias políticas e de oligarquias formadas que determinam á partida o vencedor , as quais são posteriormente compensadas das formas que já também conhecemos.
Porque não abranger estas organizações pela mesma Lei que determina o numero de mandatos para cargos políticos?
Tenho uma opinião negativamente formada sobre estes DEMAGOGOS e OPORTUNISTAS, que utilizando o púlpito dessas funções, permite-lhes chegar a cargos de alguma projecção e de remunerações muito elevadas, ao contrario daqueles que dizem servir.
Estes ditadores que utilizam os mecanismo ( com esquemas) da democracia para se perpetuam por décadas no poder, são a meu ver a DESGRAÇA nacional , no Portugal democrático.
ribeiro

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Autor: Constança Cunha e Sá
Data: Quinta-feira, 15 de Março de 2007
Pág.: 45
Temática: Espaço Público



O estilo do primeiro-ministro confirma apenas a sua falta de substância

O estilo e a substância

José Sócrates, esse estadista de última hora, foi sempre um homem do aparelho, um cacique local que cresceu nos jogos partidários e se distinguiu nos golpes de bastidores



Em Portugal, há uma suave combinação entre o poder e a arrogância que leva invariavelmente ao mito e à hagiografia. Em 1990, quando o cavaquismo decidiu vender uma imagem diferente do chefe, o Expresso deu à luz um trabalho de fundo, sob um título auspicioso: A história do menino Aníbal. Como mandam as regras da propaganda, A história do menino Aníbal oferecia-nos "o retrato de um vencedor" e o percurso de um "predestinado" que "o acaso" empurrara para a política, a bem da modernização do país e da felicidade dos portugueses. A biografia, recheada de pequenos e coloridos episódios, revelava um "novo" Cavaco Silva, surpreendentemente humano (havia dúvidas sobre a matéria!) nos seus pequenos prazeres e nas suas inocentes "tropelias". Para deleite de todos os fiéis, ficou-se a saber que, por trás do rosto esquálido e austero do primeiro-ministro, havia um "Aníbal" traquinas que gostava de pingue-pongue e de matraquilhos e que subira a pulso na vida. Ungido pelo mérito, o rapaz pobre de Boliqueime, que fazia parte dos "costeletas" (por oposição ao grupo privilegiado dos "bifes"), acabara por se transformar num mago da economia, com doutoramento a preceito e provas dadas no desprezível mundo da política. Na altura, quando o regime celebrava a existência de um "novo português" que se distinguia pela "vontade de vencer", o exemplo de Cavaco Silva, educado no esforço e na disciplina, era a confirmação de um sonho que animou esses excepcionais anos de falsa prosperidade.
Apesar da sua aridez e da limitação dos seus horizontes, a história do "menino Aníbal" tinha, apesar de tudo, um sentido que ultrapassava a mera glorificação do chefe e do seu grandioso "destino". Entre os sacrifícios da infância e o posterior brilho da academia, a biografia não deixava de encerrar o essencial do cavaquismo. Ou, dito de outra forma, o essencial de uma velha e recorrente tradição nacional que privilegia o esforço e o mérito em detrimento dos "interesses" mesquinhos dos partidos, que defende o primado da competência sobre as subtilezas da ideologia e que, em última análise, se baseia na superioridade da economia face às "intrigas" em que se entretém a política. Neste sentido, o retrato de Cavaco Silva é também o retrato de um país que procurou sempre fugir às suas responsabilidades através dos bons ofícios de um qualquer salvador que o resgatasse do seu proverbial atraso e da sua irremediável pobreza.
O que impressiona na biografia do eng. Sócrates, publicada, este fim-de-semana, pelo semanário Sol, é o imenso vazio em que se afundam as inúmeras qualidades atribuídas ao biografado. Em vinte páginas de prosa, ao longo das quais vamos assistindo ao harmonioso desenvolvimento do pequeno Zezito, não há um pormenor que o diferencie, um traço que o caracterize ou uma ideia que o distinga - e muito menos algo que o determine à nascença para o exercício do poder, como assegura o título escolhido pelo semanário para coroar esta hagiografia da mediocridade.
Na história do "menino Zezito", não há esforço, nem sacrifício. Também não há proezas académicas. Nem feitos profissionais. O bacharelato no ISEC - que tantas dúvidas tem levantado - é completado, vinte anos depois, quando já se encontrava no Governo do eng. Guterres, com uma obscura licenciatura, na Universidade independente. Pelo caminho, e dando provas da sua vocação para a política, mergulha, com o amigo Jorge Patrão, "nos meandros socialistas da região". Ou seja, envolve-se nas pequenas guerras do aparelho, onde gasta o melhor dos seus dias e inicia a sua fulgurante carreira. Em 1987, depois de se ter enfiado no sótão do eng. Guterres e numas intrigas de maior alcance, chega finalmente ao Parlamento, onde viceja discretamente durante os anos do cavaquismo. Ao contrário do que a sua "coragem" e "determinação" poderiam indiciar, José Sócrates, esse estadista de última hora, foi sempre um homem do aparelho, um cacique local que cresceu nos jogos partidários e se distinguiu nos golpes de bastidores.
Antes de assentar na política, não deixou de fazer umas breves incursões profissionais. Em 80, deu aulas de Matemática no Liceu da Rainha D. Leonor. E, um ano mais tarde, arranjou um "posto" na Câmara Municipal da Covilhã, onde se distinguiu pelo "estilo", fugindo, como diz o jornal, ao "estereótipo do senhor engenheiro" que ele, para todos os efeitos, não era. Mas usava "calças encarnadas" - o que já então revelava uma aversão às regras da burocracia que se veio a corporizar, mais tarde, na apresentação do programa Simplex.
É com este extraordinário curriculum que chega, em 95, ao Governo, pela mão do eng. Guterres, de quem foi sempre um solícito boy. Mantém-se firme, ao seu lado, até ao fim, quando o seu tutor político abandona as funções de primeiro-ministro depois de ter deixado, segundo as suas próprias palavras, o país "à beira do pântano". Uns anos mais tarde, surge a consagração mediática, com um frente-a-frente, na RTP, com Pedro Santana Lopes, uma das grandes estrelas desse restrito firmamento.
Diz este último que o conhece como ninguém. E acrescenta: "Há duas pessoas na política que perceberam o meu método e, nalguns aspectos, seguem os meus passos: o Carrilho e o Sócrates." Por uma vez, uma pessoa sente-se tentada a dar-lhe razão. O estilo do primeiro-ministro confirma apenas a sua falta de substância.

Anónimo disse...

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A CENSURA SOA MUITO MELHOR EM INGLÊS, NÃO É VERDADE?

Anónimo disse...

Este Abrantes é mesmo chico-esperto. Vejam só o homem a "postar" e a comentar, depois, como anónimo, os seus próprios postais. Dá-se ao luxo de xingar com o próprio aspecto físico do Cluny (um limite que nem devia ultrapassar e nem devia deixar que outros ultrapassassem). Começo a pensar que o problema do Abrantes é não pertencer ao M. P. O que ele queria mesmo era ser assessor do Cluny e não de um qualquer obscuro DG do Turismo. Paixão e ódio sempre andaram de mãos dadas.