Patrick Monteiro de Barros queria instalar uma refinaria em Sines [cf. aqui e aqui]. O Estado não aceitou as condições que ele exigiu (e que não constavam do protocolo subscrito). Estávamos no final de Maio de 2006.
Patrick, comodoro do Clube Naval de Cascais, sacou, então, do Plano B. De imediato (a 12 de Junho), dá uma entrevista à defunta revista Dia D, a XIS do Público para a economia, na qual se propõe oferecer aos portugueses uma central nuclear. Tendo descoberto neste lapso de tempo que, afinal, o país tinha problemas com as emissões de CO2, não quer que a indústria se sufoque:
“Se para produzirmos energia estamos a gastar as emissões de CO2, não podemos ter indústria. Todas as indústrias vão ficar asfixiadas.”
Hoje, em Bruxelas, Sócrates rejeitou a opção pela energia nuclear, defendendo que a aposta passa pelas fontes renováveis: "Os países que quiserem tomar a opção pelo nuclear, façam o favor. Em Portugal, não. O nosso caminho está definido".
Pois é, Comodoro Patrick, somos pobres e mal agradecidos.
3 comentários :
Por acaso não entendo - considerando as evoluções tecnológicas verificadas e los avanços na contenção da sobrevida dos desperdícios - esta alergia à energia nuclear. É certo que é cara - em termos de investimento inicial - mas parece ter claras vantagens em relação a energias renováveis de sustentabilidade muito duvidosa. E interessam pouco as tricas mais ou menos pessoais. Também há, certamente, quem espere - legitimamente, diga-se - fazer dinheiro com as renováveis. Mais uma vez me parece que - como em juitas outras coisas - dão demasiada importância ao Estado.
por mim sou um defensor da energia nuclear, infelizmente não se consegue um debate que não acabe com hippies desinformados a comprar autocolantes á wwf e a gritar: "Nuclear? não obrigado!"
Penso que o Miguel se esqueceu que este benemérito ainda prestou outro serviço inestimável ao País!. Ou melhor ao Barroso, ao Santana e ao, adivinhem, Isaltino....
É que, com a célebre estória das Regata internacional, e o compadrio dos ditos conseguiu viabilizar mais um empreendimento urbanístico de luxo, na zona da anterior DOCAPESCA.
Que homem bom!!!!!
Quase tão bom como o Mexia. Lembram-se o tal que foi Ministro das Obra públicas do Santana, prometeu três pontes sobre o Tejo e mandou fazer as obras no túnel do Rossio, pagas por todos nós, para viabilizar mais um empreendimento de luxo, na Artilharia 1, mesmo por cima do dito Túnel.
Tudo Certamente coincidências! Até a coincidência de ter sido nomeado para a EDP pelo mesmo GRUPO proprietário do dito empreendimento!. Os bons serviços pagam-se! E Bem!
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