O livro de Maria Saldanha Pinto Ribeiro foi apresentado no Funchal. Vale a pena ler o texto de apresentação que está disponível no blogue Fórum Família. Aqui fica um extracto:
«Mas qual é o tema que este livro aborda?
A resposta é… ”Síndrome de alienação parental” ou também conhecido por “implantação de falsas memórias”. Causas, formas e efeitos. Por síndrome de alienação parental entende-se o processo pelo qual um progenitor “programa” uma criança para que odeie o outro progenitor, isto de um modo muito abreviado. Para aqueles que ainda não estão familiarizados com este assunto, recomendo vivamente a leitura deste livro.»
Adenda
O leitor Francisco Dias dá conta de que um programa da Antena 1 (Visão Global) abordou a questão da síndrome da alienação parental no dia 27 de Maio. Esta edição do programa pode ser ouvida aqui, sendo que a parte que respeita a este tema tem início aos 46:13.
29 comentários :
Ninguém pode ser conivente.
Ninguém pode ser conivente com mães que só são para usar em benefício próprio os seus filhos.
Felizmente que já há alguns - poucos - juízes que olham para esta questão porque há muitos que se limitam a assobiar para o ar.
Miguel, os tribunais estão de facto na primeira linha de recomendação deste notável livro porque, como se verifica são eles os primeiros cúmplices de um acto desumano que, infelizmente, é mais comum do que se pensa.
Conheço alguns casos e posso testemunhar que pior do que a insensibilidade de muitos juízes é a completa inércia do Ministério Público a quem deveria caber a protecção dos menores.
O texto publicado no blog para onde se remete refere uma questão muito importante e que diz respeito ao papel dos advogados. Chama a atenção que o interesse dos clientes(um dos progenitores) não pode/deve prevalecer sobre o interesse da própria criança.
Esta é uma das matérias onde a lei da selva deve merecer um sério reparo deontológico e social.
É curioso como este livro chama a atenção para o papel cúmplice de certos psicólogos no processo de alienação parental. Este livro que retrata e estuda a realidade apresenta-nos verdadeiras HISTÓRIAS DE TERROR.
Tanta maldade ao nosso lado e nem damos por ela.
Gostava de ver os movimentos feministas a abordarem mais esta questão. Não me espanta que levando ao limite a ideia do "direito ao corpo", muitas dessas histéricas queiram assumir direitos de propriedade sobre os filhos. As feministas têm nesta matéria uma boa oportunidade para esclarecerem até onde vai o seu feminismo.
Parabéns Miguel,
Combater as corporações é também combater os preconceitos e os interesses instalados. Esté é um caso gritante em que a arma utilizada para fazer "órfãos de pais vivos" só é eficaz porque não a queremos ver. Está nas mãos de cada um de nós - e dos juizes em especial - alterar este estado das coisas.
A alienação aprental também é ABUSO sobre as crianças.
Achei muito interessante a entrevista radiofónica.
O anónimo de cima tem razão: isto mais parece um filme de terror que se está a passar ao lado e não damos por ele. Quantos vezes não somos tentados a ser complacentes com algumas mães que exibem os seus filhos a falar mal do pai como se estivessem no circo.
Não se pode ficar insensível.
Assuta-me uma sociedade tão doente em que as próprias mães não se apercebem do mal que estão a fazer aos filhos.
Será que os juizes e procuradores dos casos relatados no livro dormem descansados? Será que não têm rosto? Será que não têm coragem de se virem defender ou assumir o que fizeram?
Sim a alienação parental é uma forma de abuso sobre as crianças.
Custa-me a crer que os tribunais possam ser coniventes com uma barbaridade destas. Numa matéria destas precisamos de ter tribunais com Alma.
Infelizmente conheço vários casos e sei do desespero com que certos pais lutam perante a surdez de juizes e procuradores.
Deveriamos instituir um sistema de tolerância zero para os casos de alienação parental. Nos Estados Unidos em muitos tribunais já é assim: aplica-se uma solução salomónica, progenitor que tente torce a criança para afastar o outro progenitor é ele liminarmente afastado.
Depois do primeiro post que aqui vi fui comprar e ler o livro e fiquei chocada. Não imaginava que no século XXI, e exactamente por isso, numa porta ao nosso lado e com a conivência dos nossos tribunais isto fosse possivel.
Com isto não há dúvidas - as mães também ABUSAM dos filhos e o mais perverso é que invocam exactamente a sua qualidade de mãe.
Gostaria de conhecer o nome dos juizes que deixaram "assassinar" o amor entre estes os pais e filhos relatados no livro - será que são gente?
Os casos relatados no livro são dignos de ir para aquela "galeria dos horroes" que a Ordem dos Advogados e que este blog indicou
Depois de ler este livro interrogo-me: será que aquilo é "amor de mãe"?
É de toda a justiça assinalar que há juízes que já estão alertados e informados para este problema.
Vale a pena ler sim.
É um bom livro.
Ajuda a ver os dois lados...talvez aquela para o qual se olha menos.
Vale muito a pena como diz o Nuno Rogeiro.
O El País de 21 de Junho dá conta na p. 36 de uma decisão de juiz que retirou a custódia da sua filha a uma mãe por esta criar fobia relativamente ao pai. A mãe e os avós maternos ficarnos ficaram impedidos de ver a criança depois de três anos de tropelias contra o pai.
Neste caso já havia uma outra decisão que a família materna não respeitou.
Importa referir que qualquer destas decisões favoráveis ao pai são da autoria de 2 juizas.
Ao maior Juiz e advogado eu envio a minha prece:
AMOR DE PAIS
Com quatro letras apenas
se escreve a palavra amor
e é das palavras pequenas
aquela que tem mais valor!
-
O amor de Pai, é nobreza
que nasce dentro de peito
e é sempre por natureza
aquele amor mais perfeito!
-
o amor de Mãe há só um
e como ele não há igual
até não há mais nenhum
no Mundo e em Portugal!
-
o amor por uma mulher
que seja nossa namorada
não é um amor qualquer
pode ser de nossa amada!
-
da moça que dá os filhos
por ser essa sua natureza
ela é Mãe e tem cadilhos
quantas vezes a pobreza!
-
mas essa pobreza, porém
a leva o dia a trabalhar
para sustentar quem tem
e ter harmonia em seu lar!
-
conheci uma e com oito
moía o milho, a farinha
dava para fazer biscoito
prós filhos que ela tinha!
-
e não paravam suas mós
ai para desfazer seu grão
e deixava seus filhos sós
para ir ganhar o seu pão!
-
e o marido que ela tinha
levava o dia a trabalhar
e podava toda uma vinha
ceifava o trigo até cansar!
-
e os dois à noite a jantar
com os filhos a seu redor
comiam papas, o manjar
que dava o Nosso Senhor!
-
e uma Mãe na nossa era
fresca e parece uma flor
uma flor de Primavera
também tem o seu valor!
-
quantas vezes ela cá cai
por o emprego lhe faltar
mas caindo ela inda vai
todos os filhos alimentar!
-
ajuda-as Meu Pai do Céu
estas Mães com pobreza
Dá-lhes Tu ó Deus Meu
do Céu a maior riqueza!
-
Dá-lhes Teu amor e vida
Tu que morreste por nós
dai-lhes meu Pai guarida
p'ra nunca ter filhos sós!
-
José Silva
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