domingo, junho 10, 2007

Quando o Público engana Miguel Sousa Tavares

Sobre o estado a que chegou o Público, eis uma excelente síntese: “um dos actuais problemas do Público é que, da primeira à última página, só lá encontramos opinião e mais opinião ideologicamente orientada. Se quisermos notícias, se nos apetecer muito saber mesmo o que se passou, teremos que ir procurar noutro sítio.

Veja-se o seguinte caso:

O Público de quinta-feira contém uma chamada na primeira página com o seguinte título: “Tribunal diz que Governo cancelou verbas à Madeira por razões políticas”.

Ainda na primeira página, diz o jornal: «Para o tribunal, “o motivo principalmente determinante da aplicação à Madeira da redução das transferências do OE para esta região autónoma não foi o princípio do equilíbrio orçamental, embora também possa ter sido um dos motivos, mas sim criar condições políticas para a provação das alterações à lei das finanças das regiões autónomas”».

No entanto, na página 39 do mesmo jornal, é citada exactamente a mesma frase da sentença, revelando-se agora que essa frase se insere «nos factos “(não conclusões) relevantes não provados”».

Ora, se se trata de um facto que o tribunal considerou como não provado, então o título do Público não pode estar certo.

Afinal de contas, em que ficamos? O tribunal considerou ou não como provado que a decisão do Governo se baseou em critérios políticos? Ou, dito de outra forma, o tribunal considerou ou não que houve desvio de poder?

Acontece que o artigo de opinião de Miguel Sousa Tavares no Expresso se desenvolve a partir do título do Público:

    “No Funchal aconteceu melhor ainda. O juiz do tribunal administrativo mandou o ministro das Finanças entregar a Alberto João Jardim 25 milhões de euros imediatamente, porque o meritíssimo entendeu que a regra que o ministro estabeleceu de reter verbas das Regiões quando elas se endividem para lá do permitido na lei era uma medida política destinada a “criar condições políticas para rever a Lei das Finanças Regionais”.

Se é verdade que a decisão do juiz Paulo Pereira Gouveia é monstruosa, não menos verdade é que ela não foi tomada pelas razões invocadas na primeira página do Público — que Miguel Sousa Tavares aceitou como boas.

7 comentários :

Anónimo disse...

jmf a mando do seu patrao, transformou o jornaleco em panfletario, a soldo de uma orientação e estrategia bem definida, que passa por atacar e denigrir a imagem do governo. Esta postura é bem clara, desde a perda da opa, e em crescendo vem assumindo o papel da oposição, colocando-se nitidamento ao serviço servil da direita mais troliteira.
Este sr. jmf não passa de um lambe-botas, sem nível intelectual e ético, que utiliza a mentira torpe,o boato rasteiro e sonega a verdade aos leitores do jornaleco.
Os actuais leitores do jornaleco devem reflectir se devem continuar a sustentar um jornaleco que mente e que faz politica rasteira, em vez de dar noticias e informar os seus leitores. Eu, já á muito anos que o deixei de ler, muitos outros milhares já o fizeram, agora é a sua vêz.

Anónimo disse...

O que é "denigrir"?
E "troliteira"?
"...já á muito anos"!!Há muitos?

Anónimo disse...

Sobre o jornal "Público"será interessante ler a entrevista do Dr. Mário Soares à revista "Única", incluida no jornal "Expresso" de 2007/06/09.

Refere Soares que deixou de comprar o jornal.

Solução adoptada por mim há muito, embora procure ler, selectivamente, tal como Soares, alguns autores que ainda escrevem no jornal.

O Dr. Mário Soares continua a ser o político mais lúcido do país, nos antípodas dos Alegres, das Rosetas e dos mais Detractores das Reformas aliados dos Maximalistas.

O Dr. Soares refere-se ainda à " capacidade crítica apoiante" face ao Governo e ao Secretário Geral do Partido Socialista.

Acácio Lima

Anónimo disse...

Do que nós precisamos é de um hugo chavez

Anónimo disse...

Porque é que Portugal não evolui?

Porque há tantos (mas tantos) filhos da puta por metro quadrado que não há lugar nem espaço para as pessoas de bem...

Anónimo disse...

por que mtivo é a decisão monstruosa?
conhece a decisão? ou está a cometer o mesmo erro imperdoável do sr. mst?

basta recorrer da decisão e ganhar o recurso!

Anónimo disse...

asneira do mst e do m ab.

basta recorrer e ganhar o recurso.