O jornalista e bloguista Francisco Almeida Leite (FAL) estava a ser demasiado arrebatado no que escrevia sobre Santana Lopes. Disse-lhe o que pensava, mas ele não me passou cartão.
Entretanto, o FAL deu uma “palestra” aos diplomatas da América Latina. Relatou o evento num post aparentemente contraditório. Desta feita, quando abri a boca, sacou da arma e disparou: “spindoctor [ó FAL, você que sabe disso, não se escreve “spin doctor”?] governamental de meia tijela”. A situação não exigia tanta combatividade. Teria sido tudo mais simples (e civilizado) se tivesse explicado o erro em que eu laborava.
Mas já que o havia forçado a “cair na maldade”, o FAL não conteve o pranto, tendo acrescentado que era membro de um “blogue livre” [o Corta-fitas não era para aqui chamado, como é óbvio], ao contrário do CC, um “blogue situacionista”. Nem me atrevo a querer saber o que possa ser um blogue anti-situacionista.
Creio que os nervos traíram o FAL. A última coisa que o bom senso recomendaria é ver um editor executivo do então DN santanista a discorrer sobre liberdade. Caro Francisco Almeida Leite, onde é que você estava quando havia censura no DN (a ponto de o conselho de redacção ser compelido a reagir)?
PS — Só uma questão me deixou intrigado: o “antigo chefe de gabinete de um ex-primeiro-ministro”, que chorou no ombro do FAL por as questões europeias não serem tratadas com a dignidade de outrora, é Miguel Almeida, que Santana teve de retirar apressadamente do palco?
ADENDA – O FAL passou pela caixa de comentários:
1. Você não dá resposta à única questão que poderia ter interesse conhecer: onde estava o editor executivo FAL quando houve censura no DN (a ponto de o conselho de redacção ter sido então obrigado a reagir)? Você, um homem livre, solidarizou-se com o director do DN ou com os jornalistas censurados (e os leitores)?
2. Não há por aqui ódios. Tanto assim é que, quando o vir entusiasmado em demasia, hei-de alertá-lo para que se refreie. Temos de ser uns para os outros.
Entretanto, o FAL deu uma “palestra” aos diplomatas da América Latina. Relatou o evento num post aparentemente contraditório. Desta feita, quando abri a boca, sacou da arma e disparou: “spindoctor [ó FAL, você que sabe disso, não se escreve “spin doctor”?] governamental de meia tijela”. A situação não exigia tanta combatividade. Teria sido tudo mais simples (e civilizado) se tivesse explicado o erro em que eu laborava.
Mas já que o havia forçado a “cair na maldade”, o FAL não conteve o pranto, tendo acrescentado que era membro de um “blogue livre” [o Corta-fitas não era para aqui chamado, como é óbvio], ao contrário do CC, um “blogue situacionista”. Nem me atrevo a querer saber o que possa ser um blogue anti-situacionista.
Creio que os nervos traíram o FAL. A última coisa que o bom senso recomendaria é ver um editor executivo do então DN santanista a discorrer sobre liberdade. Caro Francisco Almeida Leite, onde é que você estava quando havia censura no DN (a ponto de o conselho de redacção ser compelido a reagir)?
PS — Só uma questão me deixou intrigado: o “antigo chefe de gabinete de um ex-primeiro-ministro”, que chorou no ombro do FAL por as questões europeias não serem tratadas com a dignidade de outrora, é Miguel Almeida, que Santana teve de retirar apressadamente do palco?
ADENDA – O FAL passou pela caixa de comentários:
- “Os seus tiros são todos ao lado: 1) Já era editor executivo do DN antes do Governo do seu "amigo" Santana; 2) O tal antigo chefe de gabinete não era, obviamente, esse. Mas de um Governo que durou muitos anos...
Sobre o resto, é tanta patacoada que nem vale a pena. Não me movo por esse tipo de ódios pessoais.”
1. Você não dá resposta à única questão que poderia ter interesse conhecer: onde estava o editor executivo FAL quando houve censura no DN (a ponto de o conselho de redacção ter sido então obrigado a reagir)? Você, um homem livre, solidarizou-se com o director do DN ou com os jornalistas censurados (e os leitores)?
2. Não há por aqui ódios. Tanto assim é que, quando o vir entusiasmado em demasia, hei-de alertá-lo para que se refreie. Temos de ser uns para os outros.
11 comentários :
Ui... a memória que o Miguel tem sobre a vida interna do DN. De arrepiar!
Eu tb me lembro das peripécias da trupe do Pedrito que foram públicas, com comunicados do CR a insurgir-se contra o despautério reinante.
Eu tb me lembro das peripécias da trupe do Pedrito que foram públicas, com comunicados do CR a insurgir-se contra o despautério reinante.
Não é novidade - ja o ex 1º ministro, hoje PR, fazia os almoços, pagos por nós, com os Directores dos orgãos de comunicação social e assim tivemos 10 anos, não, no poletão da frente, mas no Páis do faz de conta - como hoje se constata - um adminstração Central e local como autentico sanatorio e colegio de infancia - No fundo foi preciso o Rei de Castela chamar a atenção para Alqueva - obra que o Prof nunca considerou como prioritaria - o que era prioritaria era distribuir os fundos comunitarios que nunca se soube a quem - nem era preciso, a populaça não percebe destas coisas da complexidade do efeito do multiplicador - 10 anos de almoços
Nunca me resignei nem me deixo abater, resignado, pelos 10 anos de engana meninos...mas claro, se os jornalistas não almoçam e ainda tem de pagar os seus oculos "rabane", é certo e sabido que a a alcunha do Socrates é ir á vida - os funcionarios publicos escolheram outros fp
Ze Boné
Eles andam aí!
Zangam-se as comadres e lemos todos umas verdades
Os seus tiros são todos ao lado: 1) Já era editor executivo do DN antes do Governo do seu "amigo" Santana; 2) O tal antigo chefe de gabinete não era, obviamente, esse. Mas de um Governo que durou muitos anos...
Sobre o resto, é tanta patacoada que nem vale a pena. Não me movo por esse tipo de ódios pessoais.
Com João de Deus Pinheiro entre duas tacadas no green nunca houve tanta dignidade.
Este blogue agora tem censura.
Enquanto isto se mantiver não volto cá.
Salazarentos.
A inveja é coisa muito feia ó senhor Miguel Abrantes
Nunca houve na direcção a que se refere qualquer tipo de práticas atentatórias contra a liberdade dos editores e dos jornalistas. Disso pode ter a certeza absoluta. Porque eu tenho. E mais não digo sobre o assunto, escusa de insistir.
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