Veja-se a forma efusiva como Mota Amaral, em nome do PSD, conclui a sua intervenção na comemoração do 30.º aniversário da Constituição da República Portuguesa, que ocorreu no dia 5 de Abril de 2006:
"Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Sr.as e Srs. Deputados: Não se justifica, por isso, minimamente, fazer agora surgir do nada uma suposta questão constitucional. A Constituição de Abril está viva e de boa saúde! Quando chegar um novo período constituinte, que será só mesmo no fim da presente Legislatura, então se há-de tratar das beneficiações porventura necessárias. O mais natural até é que o debate sobre essas matérias seja um dos temas da subsequente campanha eleitoral, ajudando a esclarecer as escolhas dos eleitores. O PSD marcará presença, como é seu timbre, em tal debate.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!
O Orador: — Queixam-se por vezes os governantes que a Constituição não lhes permite fazer tudo o que pretendem. Mas é também para isso mesmo que ela existe, e ainda bem!
O conteúdo programático da Lei Fundamental exprime um projecto colectivo de liberdade e de justiça social. É sempre possível ir retocando as suas formulações concretas, correspondendo às novas situações e aos novos problemas. Convém fazê-lo, porém, com prudência, equilibrando os interesses em jogo, repartindo com equidade encargos e benefícios.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!
(…) Nunca tivemos antes uma democracia tão fortemente legitimada por um amplíssimo colégio eleitoral.
O Sr. José Junqueiro (PS): — Muito bem!
O Orador: — Nunca o Estado democrático funcionou tão estavelmente como agora, permitindo a alternância de maiorias e de governos com opções políticas de sentido diverso e um salutar pluralismo partidário e institucional. Nunca acalentámos expectativas tão elevadas, em termos de ampliação de direitos, de aprofundamento da democracia e de progresso social.
Pelas provas positivas que já deu, auguro à Constituição de Abril, ao atingir a sua maturidade de 30 anos e na dinâmica da sua evolução, um longo futuro, servindo bem Portugal."
4 comentários :
Estes esquerdelhos e demais companheiros de viagem são uma cambada de madraços.
Agarram-se ao garantismo da Constituição na tentativa de se perpetuarem e justificar a sua miserável existência.
Verdadeiros parasitas a extirpar !
Este problema da constituição é 1 FALSO problema! É conversa de um demagogo q nada tem a acrescentar e que é lider da autarquia mais endividada do país! Alguém leva o "gang do multibanco" e a "Evita de Gaia" a sério?
Parasitas são aqueles que se dizem liberais e "gdes" empresários aqui da praça, mas q na realidade o seu principal cliente é sp o estado e sem ele acabava-se a mama! Já nem falo das relações desses pseudo empresários e parasitas com o poder político q se deixa corromper pagando no futuro com favores e beneficios para esses empresários(Somague por ex)!
Claro q qd vejo outros parasitas(Betencourt Picanço por ex) a fazerem exigências fora da realidade tb fico fora de mim!
Pois, bem dito. Outro grande parasitra e gajo desajustado é o tipo qu está à frente da CGTP, que tem de fazer pela vida pois teve agora uma criança e que portanto continua a defender uma casta de vagabundos privilegiados pagos por essa mula aqui, esse cabrão que vos fala, que não recebe a ponta de um corno do Estado mas paga impostos como o caraças. Tudo isso graças a essa constituição comunista e essa mama do "25 de Abril", que nunca acaba e que criou essa mentalidade lasciva em Portugal que as pessoas só fazem reivindicar "direitos", "direitos". Pensam que estão em França, viram a reportagem do Expresso na Única a comparar os benefícios à natalidade em França e em Portugal? Pois é. Acontece que França é a 4ª potência do planeta, tem bomba atômica e assento fixo no Conselho de Segurança da ONU. E nós temos de aturar reportagens destas a incitar a inveja e o ódio. Há pessoas que não tem senso de ridículo.
Edie Falco
Será que Mota Amaral acredita mesmo no que diz?
Piada do ano - "Nunca o Estado democrático funcionou tão estavelmente como agora, permitindo a alternância de maiorias e de governos com opções políticas de sentido diverso e um salutar pluralismo partidário e institucional."
Lá que funciona de forma estável isso funciona..pudera com um colégio parlamentar em que a democracia é mascarada de ditadura da maioria!E quanto aos governos com opções políticas de sentido diverso? Seria interessante fazer uma análise dos pontos verdadeiramente substanciais em que PS e PSD estão em desacordo, em termos de orientação política. Tal como os extremos se tocam, também os centristas são mais parecidos do que se possa imaginar...
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